EM QUEDA I
A semana não começou bem para o governo do prefeito Leitinho (PSD) e seus apoiadores. Caiu o primeiro membro do alto escalão. Oficialmente, o secretário de Meio Ambiente, Walter Bonaldo Filho, pediu exoneração por motivos pessoais e pelo “desejo de aceitar novos desafios profissionais”. O anúncio foi feito logo após a divulgação da instauração de procedimento pelo Ministério Público para investigar a suposta venda irregular de inservíveis que estavam no Viveiro Municipal do bairro Guarapari.
EM QUASE QUEDA
Durante o dia todo chegaram à imprensa boatos de que o secretário de Meio Ambiente não seria o único. Pelos comentários de bastidores a batata está assando também para outro membro do alto escalão que teria tido problemas com a equipe na última sexta-feira e estaria com a corda no pescoço.
EM BAIXA
Como se já não bastasse a baixa no primeiro escalão, o prefeito encaminhou para a Câmara o projeto de lei que cria 79 cargos comissionados. A prefeitura chegou a divulgar que o projeto foi encaminhado em regime de urgência, mas o líder do governo, vereador Professor Antonio, não conseguiu as seis assinaturas para o pedido de urgência e o projeto não foi para votação.
EM APUROS
Sem a aprovação do novo projeto de cargos, o prefeito ficou entre a cruz e a espada. Isso porque uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado determinou a extinção de 42 cargos comissionados a partir de 02 de outubro. Com isso, parte dos comissionados de Leitinho estaria com os dias contados na prefeitura.
EM BRASÍLIA
E enquanto o circo pegava fogo na política local, o prefeito Leitinho estava novamente em Brasília. Ao que parece, na ausência do chefe, que não se afastou do cargo oficialmente, mas também não teria aparecido para dar as cartas na prefeitura, quem teve que resolver os conflitos foi o vice-prefeito, Alessandro Miranda, o Mineirinho. Os mais maldosos já reforçaram a tese de que todo mundo estaria mandando na prefeitura, menos o prefeito.
CPF CANCELADO I
O vereador Paulo Bichof (Podemos) se empolgou no uso da tribuna na sessão de ontem da Câmara Municipal. Paulinho defendeu a fiscalização da administração pública e chegou a dizer que, se for preciso, serão realizadas novas eleições no ano que vem no município. Depois do vereador Oseias Domingos Jorge (DEM) ter dito há algumas sessões que seria o primeiro a assinar um pedido de cassação do prefeito Leitinho, Paulinho também parece engrossar o coro. Os dois vereadores se posicionam, normalmente, ao lado do prefeito, mas nas duas declarações demonstraram certo descontentamento com o governo.
CPF CANCELADO II
Paulinho estava tão empolgado que trocou as palavras. Ao falar de possível investigação em relação às compras feitas para enfrentamento da pandemia de Covid-19, afirmou que vai ter muito “CPF cancelado”, expressão normalmente usada no meio policial para falar de bandidos mortos. Acredita-se que o vereador tenha tentado dizer que muitos CPFs ficarão comprometidos após as investigações.