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TRE marca para segunda-feira julgamento do Prefeito Bill

Prefeito disse que está tranquilo e que confia na “Justiça de Deus e dos homens”.

Os juízes do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) julgam, na próxima segunda-feira, dia 3, o recurso do prefeito de Nova Odessa, Benjamim Bill Vieira de Souza, na ação em que é acusado de abuso de poder econômico por ter concedido uma entrevista à Rádio Paraíso FM no dia da eleição municipal do ano passado. Bill afirmou que confia “na Justiça de Deus e dos homens” e que tem a “consciência tranquila”.
Em primeira instância, o juiz Gabriel Baldi de Carvalho cassou a candidatura de Bill e do vice-prefeito, Oscar Berggren, aceitando o argumento da acusação de que a entrevista concedida em frente à Escola Municipal Dante Gazzetta teria se transformado em um comício, já que o carro da rádio estava com a porta aberta e o som ligado.
Bill afirmou posteriormente que esteve na escola para votar – já que ali é seu colégio eleitoral. Além disso, segundo o prefeito, ele apenas respondeu às perguntas feitas pelo jornalista, numa entrevista que durou menos de cinco minutos. “Sempre respeitei a imprensa e fui abordado quando saía da escola, depois de votar. Concedi apenas uma entrevista e confio na Justiça de Deus e dos homens para que todos entendam que não é isso que muda o resultado da eleição, já que fui reeleito com mais de 50% dos votos válidos da cidade”, disse o prefeito.
A decisão da cassação foi publicada no início de dezembro. Os recursos foram protocolados junto ao TRE, o prefeito foi diplomado e tomou posse no dia 1 de janeiro desse ano. Em maio, a Procuradoria Regional Eleitoral deu parecer contrário ao recurso do prefeito, mas sugeriu que a pena de inelegibilidade não fosse aplicada ao vice-prefeito.
Com o julgamento no TRE, se for mantida a cassação, o prefeito ainda pode recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e continua no cargo até o julgamento final da ação. Se a decisão do TRE for favorável a Bill, o autor da ação, que é o sindicalista Wladney Brigida, pode recorrer também ao TSE.