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Sem a entrega do kit, escola pede para os pais comprarem caderno na volta às aulas

Docente da Emef Alvina Maria Adamson, que fica no Jardim São Jorge, enviou comunicado no grupo de WhatsApp pedindo que responsáveis providenciem caderno de caligrafia já para segunda-feira

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A preocupação de pais de alunos da rede municipal de ensino, de terem um gasto extra com a compra de materiais escolares para o segundo semestre do ano letivo – conforme mostrou o JNO na edição da última quinta-feira – em virtude da não entrega do kit por parte da Secretaria de Educação pelo segundo ano consecutivo – acabou se tornando realidade. Na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Alvina Maria Adamson, que fica no São Jorge, um professor do 5º ano A encaminhou mensagem no grupo de WhatsApp formado por pais solicitando a compra de um caderno de caligrafia já para segunda-feira, quando termina o recesso escolar. Questionada, a direção da escola disse, por meio da assessoria de imprensa da prefeitura, desconhecer o fato.

“Boa tarde, pais e mães. Na segunda-feira, retornaremos as aulas. Por favor, adquiram um caderno de caligrafia para o treino da grafia cursiva”, traz a mensagem encaminhada pelo docente no grupo de WhatsApp, formado por 14 pessoas e criado no último dia 5 deste mês.

Na semana passada, o JNO mostrou que a prefeitura, embora tenha concluído o processo licitatório, ainda não tinha uma previsão de quando os kits escolares serão entregues. O questionamento foi feito após a reportagem receber mensagens de mães preocupadas justamente com a possibilidade de um novo gasto com a compra de materiais, além do já realizado no início do ano. Em audiência pública na Câmara, realizada no final do mês de abril justamente para discutir a não entrega dos materiais pelo segundo ano consecutivo pela atual administração, o secretário-adjunto de Educação, Assis das Neves Grillo, disse que “esperava” que a entrega fosse feita até o fim de maio, o que acabou não se concretizando.

OUTRO LADO. O JNO cobrou da Secretaria de Educação uma posição sobre o pedido de compra de material feito pelo professor da escola do São Jorge. Em nota, a direção da unidade de ensino disse, via assessoria de imprensa, que não tem conhecimento do fato. “Inclusive, os professores nem têm mais grupos de WhatsApp para interagir com as famílias desde a retomada das aulas presenciais”, afirmou. “Claro que algum professor pode, inadvertidamente, ter solicitado algo específico a alguma família, mas desconhecemos”, completou a pasta.