Considerado referência regional, o projeto de avaliação nutricional desenvolvido com alunos da rede pública de ensino de Nova Odessa foi apresentado no VII Congresso Iberoamericano de Nutrição, que aconteceu no final de setembro no Peru. A nutricionista Juliana Pissaia Savitsky, responsável pelo setor de Alimentação Escolar, esteve no país apresentando a iniciativa. Na ocasião, foram apresentados também os projetos sobre consumo de proteína animal e de avaliação antropométrica com ações lúdicas de educação nutricional.
“Inscrevi algumas das iniciativas que desenvolvemos em Nova Odessa e tivemos dois trabalhos aprovados”, explicou Juliana que ressaltou que, com a aprovação, foi convidada a participar do congresso e compartilhar as experiências obtidas com as iniciativas.
Para a responsável pelo setor de Alimentação Escolar em Nova Odessa, a participação no Congresso foi de extrema importância. “Além de apresentar iniciativas que estão dando certo em nossa cidade, foi possível agregar conhecimento com a troca de experiências que congressos como este proporcionam”, afirmou.
Segundo ela, um dos projetos abordou a avaliação nutricional – que em Nova Odessa é realizada com todos os alunos da rede pública de ensino – e também as ações lúdicas na educação nutricional. “Esta foi uma iniciativa desenvolvida em parceria com a FAM (Faculdade de Americana) pelas nutricionistas Paula Cristina Silva e Daiana Bastos, que na ocasião eram estagiárias de nutrição”, explicou Juliana. Segundo ela, o projeto teve supervisão das professoras Joseane Almeida Santos e Glennys Mabel Caballero Cordoba.
O projeto de avaliação nutricional envolve cerca de 5 mil alunos e avalia o crescimento e desenvolvimento de todos os estudantes cadastrados na Secretaria de Educação. As crianças que têm algum problema diagnosticado são encaminhadas para atendimento no SIA (Serviço Integrado de Atenção) da FAM, passando por atendimento de uma equipe multiprofissional com nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos, enfermeiros, fisioterapeutas e educadores físicos.
Já a avaliação antropométrica em pré-escolares com ações lúdicas foi realizada em Cmeis (Centros Municipais de Educação Infantil) e contou com atividades de educação nutricional como, por exemplo, a utilização da horta na escola, oficina culinária com a produção de pratos utilizando os temperos cultivados na horta, teatro infantil com fantoches de frutas, entre outras.
“Este projeto auxilia na construção e manutenção de hábitos alimentares saudáveis, proporcionando melhores condições de saúde e contribuindo diretamente para redução da incidência de doenças crônicas na idade adulta”, explicou a responsável pelo setor de Nutrição.
“É importante frisar que a alimentação escolar fornece as necessidades nutricionais durante o período de aula e que a eficácia da educação nutricional na escola é transformadora por meios pedagógicos. As creches são uma realidade na vida de grande parcela das crianças brasileiras em idade pré-escolar, onde permanecem cerca de oito horas por dia, cinco dias por semana. Sendo assim, o profissional nutricionista é essencial”, continuou.
MAIS PROJETOS
Já a avaliação do consumo de fontes de proteína de origem animal em pré-escolares foi realizada com aproximadamente 500 crianças em parceria com Keila Maria Roncato e o Instituto de Zootecnia de Nova Odessa. “Buscamos, neste estudo, avaliar se há um consumo de proteína adequado e sustentável. Concluímos que, em Nova Odessa, esse consumo está acima das taxas de normalidade e sustentabilidade”, afirmou.
Segundo Juliana, a iniciativa foi desenvolvida em quatro creches da cidade com crianças entre 1 e 6 anos.