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Campanha do Agasalho une brasileiros e imigrantes na solidariedade

Distribuição das 12.445 peças arrecadadas pelo Fundo Social teve início no CAS e no CRAS

A Campanha do Agasalho de Nova Odessa arrecadou 12.445 peças este ano e a distribuição teve início no dia 9, no CAS (Centro de Assistência Social), no jardim São Jorge, e no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), no jardim das Palmeiras. Além de ajudar muitos novaodessenses que necessitam, a iniciativa do Fundo Social de Solidariedade une brasileiros e imigrantes que escolheram a cidade para morar, principalmente haitianos e bolivianos.

Com a participação da ‘Turma da Mônica’ nas peças de divulgação, a campanha de 2018 teve a arrecadação ocorrendo durante o mês de maio em 70 pontos de coleta, como repartições públicas, escolas, igrejas, academias, empresas e comércios. Os personagens Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão enfeitaram as caixas da iniciativa, cujo principal objetivo é arrecadar as peças em boas condições.

A arrecadação contabilizou 379 cobertores e lençóis, 489 sapatos, 6.812 roupas femininas, 2.547 masculinas e 2.218 de crianças. Os materiais foram separados no CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e começaram a ser distribuídos no CAS e CRAS.

Uma das pessoas a procurar os itens é Zilda Formaggio, de 59 anos. Ela reside no bairro vizinho ao CAS, o Residencial Terra Nova. “Deu pra aproveitar bastante coisa, um pouco de tudo”, destaca. Também moradora do São Jorge, Adriana Morais, 40, procurou o local. “Vim buscar mais peças pra criança. Roupa quente pro inverno”, cita. “Algumas coisas sempre nos agradam e servem perfeitamente”, acrescenta.

Os imigrantes também estão sendo vistos com frequência nos locais de distribuição em Nova Odessa. Como a haitiana de nascimento, Magalina Antoine, 25, que mora a alguns meses no jardim São Jorge. Em um português ainda precário, ela disse que procurou o CAS para obter principalmente “lençol e roupas de inverno”.

Outra estrangeira que adotou o Brasil é a boliviana Adélia Leon, de 36 anos. Há uma década ela reside no Residencial Triunfo, em Nova Odessa, onde teve os três filhos, de 8, 5 e 4 anos, estando grávida de 5 meses do quarto. “Busquei roupas de crianças e pra mim também. Eles crescem rápido e perdem muita roupa. As vezes não compensa comprar tudo novo sempre”, conta.

“A solidariedade não tem fronteiras e esta é a mensagem principal da Campanha do Agasalho”, ressalta a primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Andréa Souza. A maioria das peças já foram retiradas, mas as pessoas ainda podem podem procurar o CAS São Jorge. Independente da campanha, o Fundo Social arrecada itens o ano todo, na rua Heitor Penteado, número 199, no Centro.