Após dar às costas para o Sindicato dos Servidores Municipais de Nova Odessa e sofrer pressão por parte do MPT (Ministério Público do Trabalho), a Prefeitura se manifestou na quinta-feira – último dia do prazo concedido pela procuradora Marcela Doria – sobre o pedido feito na semana passada pela entidade sindical, de intermediação no processo de dissídio coletivo. Os representantes dos funcionários públicos alegam que estão “à deriva”, uma vez que a Administração não encaminhou a ata da última reunião entre as partes para que a proposta pudesse ser votada. Na manifestação ao MPT, o governo do prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD) apresentou cópia da ata e também comprovante de que ela teria sido compartilhada com o SSPMNO no dia 7 deste mês. Adriano José do Carmo Rosa, presidente do sindicato, disse, em vídeo nas redes sociais, que se o Município apresentou ao órgão uma ata que não foi assinada por representantes da entidade, “ela não tem valor nenhum”. Questionado pela reportagem do JNO se havia ou não recebido o documento no início da semana, como afirma a prefeitura, ele não se manifestou.
A briga entre o sindicato e a prefeitura começou no dia 1º de junho, quando a entidade que defende o interesse dos servidores públicos ingressou no MPT com um pedido de mediação, alegando que a última reunião com a Administração havia sido no dia 20 de maio e, de lá para cá, imperava o silêncio por parte do Executivo. Na ocasião, Carmo ressaltou que não houve outra medida a ser tomada, diante da “inércia, da ineficácia e da inexperiência” da atual gestão. Em despacho, a procuradora Marcela Monteiro Doria deu prazo de 10 dias para a prefeitura se manifestasse sobre o pedido de mediação.
Nesta sexta-feira, o MPT informou ao Jornal de Nova Odessa, por meio de sua assessoria de imprensa, que a prefeitura protocolou manifestação na quinta-feira (dia 10), apresentando “cópia de uma ata de audiência realizada no dia 20 de maio”, na qual foi discutida a pauta de reivindicações do sindicato. “Também foi juntado comprovante de que cópia da referida ata foi compartilhada com o sindicato no dia 7 de junho”, traz a nota do MPT. Ainda segundo a assessoria, a procuradora Marcela Doria ainda não se manifestou em despacho sobre o caso.