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2018: Corte de investimento em educação

É uma pena que a educação pública em nosso país não é concebida como investimento e desenvolvimento da nação, mas sim como gasto pelos nossos governantes. Essa verdade acaba sendo validada quando o Presidente da República Michel Temer sanciona a Lei Orçamentária Anual (LOA), para o ano de 2018, no dia 02 de janeiro.

A título de ilustração, a pasta que não irá receber investimento é a Educação Básica Pública, na verdade, houve sim, um corte de 1,5 bilhão para o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica-FUNDEB… logo, como alcançar uma educação de qualidade sem investimento na mesma. Esse repasse do Governo Federal aos Estados e Municípios, está alinhado com investimento nas dimensões de extrema importância no aprendizado dos estudantes, além da valorização dos profissionais da educação.

Dessa forma, ação assim de descaso com a educação, contrapõe os discursos inflamados dos nossos governantes em que os mesmos discorrem que investimento em educação é prioridade e sinal de desenvolvimento social, político, econômico e cultural. Diante dessa situação, o pior é amargar a 60ª posição entre 76 países pesquisados, no quesito educação de qualidade.

Para analisar o ranking educacional, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico-OCDE leva em consideração o Produto Interno Bruto-PIB. Outrossim, como um país que está entre os 10 mais ricos do planeta amarga os últimos lugares na categoria educação de qualidade? Por outro lado, se está em questão o salário dos professores, os nossos mestres ocupam os últimos lugares, por incrível que pareça, os docentes brasileiros ganham menos do que professores de países com o Produto Interno Bruto-PIB, inferior ao nosso, só para citar, o México e o Chile. Tudo isso acaba acarretando nos piores indicadores nas avaliações internas e externas.

Considerações finais: Esse é o paradoxo de um país em que os governantes não querem um povo culto e sábio, pois enquanto a educação tem que viver com a miséria de investimentos, na contramão concebe-se um Presidente da República gastando somas infindáveis para se manter no poder comprando políticos para jogar a sujeira da corrupção para debaixo do tapete. E quem paga essa conta? O contribuinte.

É inconcebível um chefe de uma Nação vetar investimentos em uma das categorias que é a Base para o Desenvolvimento do país. Por que? De fato, quanto menos investimentos em educação formal, maior será os indicadores negativos nessa categoria, reluzindo no foço da desigualdade socioeconômica. Além do mais, povo com nível instrucional precárioé a matéria-prima para a manutenção da Corrupção Política e a manutenção da politicagem, elegendo sempre os mesmos salafrários. Dessa forma, está explicado a falta de investimento na Educação Básica em nosso país. Se almejamos uma nação desenvolvida é preciso seguir a linha de pensamento do Líder Sul-africano Nelson Mandela: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. Essa ação começa com a mudança dos políticos corruptos.

Acorda Brasil!!!

 

Alberto Alves Marques
Coordenador da Área de Ciências Humanas na Rede Pública do Estado de São Paulo