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Nova Odessa se aproxima de 1,8 mil casos de dengue e 39 pacientes podem evoluir para quadro mais grave

Doença cresce 19% em cinco dias e a qualquer momento moradores podem evoluir para a situação mais grave da doença, aponta Secretaria Estadual de Saúde; Câmara questiona prefeito Leitinho sobre as ações realizadas

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Nova Odessa enfrenta período crítico da dengue se aproximando das 1,8 mil infecções pela doença

Paulo Medina
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A preocupação com a dengue atingiu um patamar ainda mais sério em Nova Odessa, com um aumento alarmante de 19% nos casos em apenas cinco dias. Segundo dados obtidos pela reportagem junto à Secretaria Estadual de Saúde, o número de casos confirmados saltou de 1.461 para 1.740 em menos de uma semana e 39 pacientes novaodessenses estão com “sinal de alarme de dengue”, ou seja, correm o risco de evoluir para a situação mais grave da doença, o que pode resultar em mortes. A cidade ainda segue com duas mortes suspeitas investigadas pelo Instituto Adolfo Lutz.
A rápida propagação da dengue coloca Nova Odessa em alerta máximo, com 39 moradores enfrentando a doença em condições que apresentam risco de evolução para o quadro grave, a antiga “dengue hemorrágica”. Nova Odessa tem confirmados dois casos graves de dengue, segundo o Estado.
O Jornal de Nova Odessa mostrou em março que a cidade contava com apenas quatro agentes de endemias para vistoriar mais de 19,2 mil casas, uma média superior a 4,8 mil residências por funcionário em plena epidemia.
Epidemiologistas da região chamam a atenção para o pico da doença que perdura em abril até o mês de maio e pedem ao poder público e população a intensificação de ações de combate a criadouros do mosquito da dengue.
Nesta segunda-feira (15), o vereador Paulinho Bichof teve requerimento aprovado questionando o governo Leitinho sobre as medidas contra a doença adotadas entre 2020 e 2024 em Nova Odessa.
Paulinho quer saber quais as datas e locais onde foram realizadas as dedetizações em cada um dos anos mencionados; o volume de dedetizações realizadas em cada ano; a quantidade de efetivo mobilizado para a realização das ações de combate à dengue em período; o orçamento anual destinado às ações de combate à dengue; as medidas que a Prefeitura Municipal está tomando para conscientizar a população sobre a importância da prevenção da dengue; e se a Prefeitura possui um plano de ação para o combate àdengue e o conteúdo desse plano.
Na semana passada, a Secretaria de Saúde anunciou a vacinação das primeiras crianças.
A Campanha de Vacinação Contra a Dengue na cidade começou nas sete Unidades Básicas de Saúde em crianças de 10 e 11 anos, conforme determinação do Ministério da Saúde.
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica Municipal, enfermeira Paula Mestriner, as 1.079 doses recebidas foram imediatamente distribuídas às UBSs, para início imediato da imunização dos pré-adolescentes contra a dengue, cujo vírus é transmitido através da picada do mosquito Aedes Aegypti. Para concluir o ciclo de imunização, a segunda dose da vacina deverá ser tomada após 3 meses após a data da primeira dose. As UBSs funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h.
Em março, a Prefeitura declarou situação de emergência para a doença devido à crescente incidência de casos de dengue. Questionada se estuda adotar uma medida mais drástica com relação ao enfrentamento da dengue, a Prefeitura não se pronunciou.