Paulo Medina
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Recentes ações de corte de árvores no Centro de Nova Odessa têm gerado queixas por parte de moradores. A cidade, conhecida como “Paraíso do Verde”, tem sido impactada por essas medidas, suscitando debates sobre a preservação do meio ambiente e a necessidade de intervenções conscientes. O corte de árvores faz moradores falarem que Nova Odessa virou o “Paraíso dos Tocos” em uma crítica com relação à situação.
O morador Paulo Guilherme Lima de Barros flagrou um novo corte de árvores ocorrido nas proximidades da Rua Aristeu Valente. “Tem uns 20 anos que a gente vem nessa briga, eu tinha até uma coleção de fotografias e todos os tocos que tinha em Nova Odessa, tinham mais de quase mil tocos desde essa época, de mais de 20 anos e realmente hoje eu fui surpreendido onde eu fotografei, está lá a placa, foi bem em frente ao Banco do Brasil, naquela esquina que tem um posto desativado”, diz o morador sobre a remoção de mais árvores na cidade.
Nesta segunda-feira (22), foram observados mais “três tocos” no Centro de Nova Odessa. “Em breve mudaremos o título de Paraíso do Verde para Paraíso dos Tocos”, critica.
Os cortes de árvores, realizados em diferentes pontos da cidade, têm chamado a atenção da população. O questionamento é sobre os critérios utilizados para autorizar tais cortes.
“Em vez de deixarem as árvores morrerem em pé, deveriam cuidar da saúde da árvore, tem gente que estudou para isso e sabe como recuperá-las, matando a praga e não a árvore”, afirma Barros, que cobra uma ação preventiva de funcionários do Meio Ambiente da cidade.
A preservação das árvores urbanas não apenas contribui para a qualidade de vida dos cidadãos, mas também fortalece a identidade de Nova Odessa. Diante disso, a sociedade civil tem demandado uma revisão das políticas de arborização e uma maior consideração pelos aspectos ambientais nas decisões urbanísticas.
As árvores desempenham um papel fundamental na mitigação dos efeitos do aquecimento global, na redução da poluição atmosférica e na promoção da saúde.
Diante das queixas, a Prefeitura de Nova Odessa informou que o programa de substituição de árvores em “estado fitossanitário comprometido” da região central da cidade está em andamento desde 2023, sob o acompanhamento e supervisão do MPE (Ministério Público Estadual). “São sempre espécimes “condenados” por laudos técnicos profissionais e que corriam risco iminente de queda, podendo causar acidentes graves, potencialmente fatais. Em acordo com o MP, toda supressão de espécime condenado tem como contrapartida o plantio de novas mudas adequadas para calçamento, no mesmo local ou em outros locais (quando não é possível no mesmo local). Para cada árvore em risco removida, ao menos 1,5 novas mudas são replantadas, em média. Tanto as supressões quanto os replantios de novas mudas em compensação são realizados mediante laudo técnico, pela equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente”, informou.
Segundo a Administração, são geralmente espécimes que apresentam problemas como troncos ocos ou tomados por cupins, “raízes podres ou descompensação de copas”.
