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Pacientes vivem dia de caos para conseguir atendimento no Hospital de Nova Odessa

Moradores sofreram com superlotação na principal unidade de saúde da cidade nesta segunda-feira; epidemia de dengue colaborou; ‘olha como está isso aqui, sem médico, sem atendimento’, diz paciente

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Da Redação
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O Hospital Municipal de Nova Odessa enfrentou mais um dia de caos no atendimento, agravado pela atual situação de epidemia de dengue que assola a cidade. Com a superlotação da unidade, moradores gravaram vídeos na noite desta segunda-feira (29) reclamando do número reduzido de médicos para atender a demanda, levando sobrecarga ao sistema de saúde. Um paciente esperava sentado no chão da unidade de saúde.
Nova Odessa tem enfrentado uma grave epidemia de dengue, com quase 2,4 mil casos confirmados. A situação piorou em abril, resultando em um aumento significativo no número de casos suspeitos e confirmados da doença.
“Olha como está isso aqui, sem médico, sem atendimento, aí pessoal vai reclamar falam que é desacato, criança passando mal, faz praticamente dois dias que estou aqui sem solução, sem problema resolvido, e aí o que vamos fazer, olha como está isso e ainda tem coragem de chamar a polícia para o povo ainda”, relatou uma paciente.
Mães com crianças de colo foram vistas no local esperando atendimento do lado de fora da unidade.
A crise, que também afeta o PA (Pronto Atendimento) do Jardim Alvorada nos últimos dias, tem pressionado a Prefeitura a adotar medidas para enfrentar a epidemia.
Procurada, a Secretaria de Saúde informou que “houve um pico no início da noite, comum às segundas-feiras, quando o período de atendimento dos casos menos graves (classificação “verde”) ficou acima dos 60 minutos, mas a situação já foi estabilizada e o tempo médio de espera pelo primeiro atendimento no momento está na ordem dos 20 minutos”, disse a pasta, por volta das 22h20 de ontem.
A pasta disse também que a ala de emergência do Hospital segue em reforma e está parcialmente interditada. “Muitos dos pacientes que seriam normalmente absorvidos para o interior da ala de emergência após a triagem e/ou primeiro atendimento estão tendo que aguardar na recepção. Isso traz uma impressão de que há um volume ainda maior de pacientes na recepção e entrada do Hospital”, alega.