Paulo Medina
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Depois de denúncia de familiares apontando “negligência” no atendimento de um bebê de quatro meses no Hospital Municipal Dr. Acílio Carreon Garcia, em Nova Odessa, o
prefeito Cláudio Schooder, o Leitinho (PSD), anunciou nesta segunda-feira (15) que o PAM (Pronto Atendimento Municipal) 12h do Jardim Alvorada e região passa a oferecer atendimento pediátrico. O PAM passou a contar com mais uma médica – uma pediatra -, de segunda-feira a domingo, das 7h às 19h. A criança sofreu acidente de trânsito e após sete horas de espera no Hospital Municipal saiu da unidade com a mãe sem fazer tomografia.
O PAM segue funcionando também como centro de atendimento exclusivo para pacientes adolescentes (acima dos 13 anos), adultos e idoso com sintomas de dengue, gripe e Covid, oriundos de todas as regiões da cidade, reduzindo a demanda sobre o PS (Pronto Socorro) do Hospital.
“Contamos agora com pediatra todos os dias nesta unidade de Pronto Atendimento, das 7h às 19h. O PAM já contava com clínicos gerais diariamente, além de equipe de Enfermagem, raio x, sala de medicação, coleta de exames, observação e outros serviços”, comentou a secretária de Saúde, Adriana Welsch.
Criado em substituição à anterior UR (Unidade Respiratória) em março de 2022, com a diminuição da pandemia, o PAM do Alvorada e região fica ao lado da UBS (Unidade Básica de Saúde) 5, na Rua das Imbuias, nº 355, e atende diariamente, de segunda-feira a domingo, das 7h às 22h – mas com a “entrada” de novos pacientes aceita até as 21h. A Pediatria atende das 7h às 19h, e após esse horário, as crianças abaixo dos 12 anos devem ser levadas ao PS do Hospital.
Denúncia
No último sábado, o Jornal de Nova Odessa noticiou que enquanto o Hospital Municipal registrou a redução de 35,2% no número de médicos entre 2021 e 2023, os gastos com a Saúde cresceram 42% na cidade no mesmo período, chegando a R$ 110,5 milhões ano passado. Nesse cenário, pacientes falam em “demora” e “negligência” no atendimento na principal unidade de saúde de Nova Odessa. Uma família diz que ficou cerca de 7h dentro da unidade e uma criança de quatro meses, vítima de acidente de trânsito, saiu do hospital na madrugada sem tomografia.Segundo informações oficiais, os gastos com saúde na cidade têm registrado um crescimento significativo nos últimos anos. No entanto, paralelamente a esse aumento de despesas, tem-se observado uma redução na quantidade de médicos disponíveis para atender a demanda da população na unidade.
Moradora do Jardim Capuava, Ana Caroline de Souza e família acusaram o hospital de “negligência” ao relatar descaso com uma idosa e um bebê.