Da Redação
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Servidora comissionada, Adriana Welsch foi nomeada como a nova secretária de Saúde de Nova Odessa. Ela será a quarta pessoa a assumir o cargo em pouco mais de três anos da gestão do prefeito Claúdio José Schooder, o Leitinho. Adriana vai substituir Jaqueline Serrano, que foi exonerada na semana passada em meio às investigações da Câmara em torno dos repasses feitos pelo município ao Cismetro (Consórcio Intermunicipal da Saúde da RMC).
Uma das principais secretarias da Administração, a Saúde vem enfrentando um troca-troca em seu comando desde o início do governo do prefeito Leitinho. O primeiro titular foi o médico Nivaldo Luiz Rodrigues. Ele, porém, foi o que menos tempo permaneceu no cargo – apenas 8 meses. Nivaldo foi exonerado em setembro de 2021, dando lugar a Silvio Corsini, que esteve à frente da pasta entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, quando também foi demitido por Leitinho. Desde então, a secretaria vinha sendo comandada por Jaqueline. Procurada pela reportagem, Jaqueline disse apenas que a sua saída se deu por “questões pessoais”.
CEI
Na primeira sessão deste ano, os vereadores instauraram uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para investigar o contrato firmado pela Prefeitura de Nova Odessa com o Cismetro (Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Metropolitana de Campinas). Os vereadores Elvis Garcia, o Pelé, Paulinho Bichof e Professor Antônio foram sorteados para compor a comissão.
Os repasses da Prefeitura ao Cismetro vêm chamando atenção dos vereadores desde o ano passado. Em agosto, por exemplo, Pelé “fechou o cerco” e cobrou do prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho, por meio de requerimento, detalhes dos mais de R$ 3,6 milhões repassado ao consórcio apenas em 2023, isso com recursos da Secretaria de Saúde. Em 2022, o vereador também apresentou documento semelhante pedindo informações sobre os pagamentos feitos ao consórcio que, na época, vinha alvo de uma investigação do Ministério Público em Monte Mor por supostos repasses feitos indevidamente pela prefeitura daquele município.
De acordo com informações divulgadas pela imprensa regional sobre a investigação do MP, a Secretaria de Saúde de Monte Mor teria pago R$ 700 mil ao consórcio sem que os profissionais tenham trabalhado, o que sempre foi negado pela Administração.
“No entanto, após a adesão da Prefeitura de Nova Odessa ao Cismetro, surgiram vários escândalos envolvendo o consórcio, incluindo uma ação judicial movida pelo Município de Iracemápolis para exigir contas dos gastos efetuados nos anos de 2017 e 2018”, traz o requerimento. “Diante do substancial montante de R$ 3.639.859,16 destinado ao Cismetro no atual exercício, bem como dos recentes escândalos que abalaram a reputação do consórcio na região, consideramos imprescindível a constituição de uma Comissão Especial de Inquérito para apurar se os objetivos de adesão. Adicionalmente, a comissão conduzirá uma investigação minuciosa sobrea correta utilização dos recursos públicos repassados ao Consórcio”, finaliza.