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RENEGADE

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RENEGADE

O clima esquentou na sessão de ontem da Câmara de Vereadores, durante o projeto de emenda à lei orgânica que instituiu o pagamento de 13º e férias aos parlamentares. Oséias Domingos Jorge disse que se tratava de um “presente de grego” à população e avisou que vai distribuir um “jornal” de casa em casa mostrando a posição de cada colega na votação do projeto. Paulo Bichof, por outro lado, defendeu a legalidade do pagamento e disse que o intuito de Oséias era “fazer gracinha”. “Só o vereador é que não tem direito ao 13º e férias. Eu mesmo uso o meu carro, o meu combustível. O meu carro é 2008, batido e amassado. O Tiãozinho tem um Fiestinha usado, anda pra cima e pra baixo. Agora tem gente aqui que anda de Renegade (carro da Jeep). Eu não ando de Renegade! Eu queria ganhar R$ 4 mil e andar de Renegade, mas eu ando de carrinho véio (sic)”, esbravejou Bichof. Levi Tosta, por sua vez, disse que Oséias estava sendo “demagogo”, pois sabia que o projeto seria aprovado. “Isso sim é jogar sujo”.

QUEBRA DE SIGILO

O presidente Wagner Morais, que foi citado por Oseias em seu discurso, foi além e disse que tem vereador que “gosta de falar da vida dos outros”. “O voto é soberano, mas aqui na Câmara também escolheram pessoas que não trabalham, que só aparecem no dia da sessão. Agora eu desafio a fazer uma quebra de sigilo bancário. Vamos ver enriquecimento ilícito? Eu não ando com Watch Apple (relógio que chega a custar até R$ 9 mil) no braço! Eu não ando com celular 15, que é lançamento nos Estados Unidos. Eu não troco de carro do jeito que trocou e não sei de onde veio o dinheiro! Vamos quebrar o sigilo”, desafiou Morais.

GAECO

O prefeito de Pirassununga, João Carlos Mantovani, os secretários municipais de Governo e da Agricultura, o superintendente do Serviço de Água e Esgoto e a pregoeira do setor de licitações foram afastados de seus cargos na esteira da Operação Calliphora, deflagrada nesta segunda-feira pelo Setor de Competência Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). O objetivo foi desarticular organização criminosa dedicada ao desvio de recursos em contratos do Poder Executivo de Pirassununga, investigando crimes de fraude em licitações, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.

GAECO 2

Segundo o apurado pelo Ministério Público, uma empresa privada de limpeza pública teria subornado agentes públicos da cidade, incluindo prefeito e secretários municipais, para ser favorecida em contratos de coleta de lixo, varrição e roçagem, recebendo recursos públicos em desconformidade com os serviços prestados. Parte dos repasses de valores teria acontecido, de acordo com as investigações, mediante “triangulação financeira”, com envolvimento de terceirizados da empresa e contas bancárias de parentes ou pessoas indicadas pelos agentes públicos.