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Nova Odessa amarga segunda maior taxa de desemprego da RMC e lidera na microrregião

Cidade registra 10,10% da População Economicamente Ativa desocupada, aponta pesquisa realizada pela Associação Comercial e Industrial de Campinas, que divulga números das 20 cidades da região

Paulo Medina
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Um levantamento realizado pela ACIC (Associação Comercial e Industrial de Nova Odessa) revela que Nova Odessa registra a segunda maior taxa de desemprego dentre as 20 cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas). A desocupação em Nova Odessa supera a média regional e também a média nacional, que é de 6,6% e 7,9%, respectivamente.
Segundo os dados, a cidade aparece com uma taxa de desemprego de 10,10% entre sua PEA (População Economicamente Ativa), o equivalente a 4.477 moradores, índice que fez Nova Odessa assumir o posto de segunda cidade com maior índice de desocupação regional, perdendo somente para a líder Valinhos por menos de um ponto percentual a condição de pior desemprego.
Os dados referentes a fevereiro deste ano destacam, porém, Nova Odessa como a líder em desemprego na microrregião, superando até mesmo cidades de maior porte como Americana, Hortolândia, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré.
Nova Odessa apresenta quase o dobro da média regional de desemprego, que se situa em 6,6%, com 152.769 pessoas desempregadas na RMC.
Comparativamente, outras cidades da microrregião apresentam índices variados: Americana registra 7,39% de desemprego, Hortolândia 7,75%, Santa Bárbara d’Oeste 3,77%, e Sumaré apenas 1,05%.
Valinhos apresenta a taxa de desemprego mais alta, com 10,69% e um total de 7.975 desempregados.
No país, a taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2024 ficou em 7,9%. O índice é o menor para o período desde 2014, quando alcançou 7,2%. Em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2023, o resultado representa uma elevação de 0,5 ponto percentual (7,4%).
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgada na terça-feira (30), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa média de desemprego em janeiro, fevereiro e março ficou abaixo dos 8,8% do primeiro trimestre de 2023.
Segundo o IBGE, o país tinha 8,6 milhões de pessoas desocupadas no primeiro trimestre, 542 mil a mais (+6,7%) que no fim do ano passado. Já em relação ao mesmo período de 2023, o saldo é de 808 mil pessoas a menos (-8,6%). O IBGE classifica como desocupadas as pessoas que estão procurando trabalho.
Para a coordenadora de pesquisa, Adriana Beringuy, o aumento da taxa de desocupação é um comportamento típico de início de ano.
“O primeiro trimestre de cada ano é caracterizado por perdas na ocupação. Parte vem de dispensa de trabalhadores temporários”, opina.
Entre os postos temporários, ela inclui trabalhadores do setor público. “Parte importante veio da administração pública, especificamente no segmento da educação. Na virada do ano esses trabalhadores são dispensados. À medida que se retorna o ano letivo, há tendência de retorno desse contingente”, observa. A pesquisadora avalia que está mantida uma tendência de redução no desemprego no país. “O movimento sazonal desse trimestre não anula a tendência de redução da taxa de desocupação observada nos últimos dois anos”, acrescenta Adriana.
(Com informações da Agência Brasil)