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‘Está um terror, saiu totalmente do controle’, diz moradora sobre dengue em Nova Odessa

População cobra intensificação e ampliação do atendimento no PA do Alvorada com horário estendido e contratação de mais enfermeiros; ‘ou vai começar morrer gente sentado esperando’, disse moradora

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Paulo Medina
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Moradores de Nova Odessa vivenciaram verdadeiro sofrimento nesta semana em busca de atendimento nas principais unidades de saúde da cidade. Pacientes do Hospital Municipal e do PA (Pronto Atendimento) do Jardim Alvorada foram vistos esperando deitados no chão em um cenário de superlotação. A gravidade da epidemia gerou reações nas redes sociais.
Para Ivaneia Maciel, a situação da dengue está “um terror e saiu totalmente do controle”.
Para Terezinha Pegoraro, os médicos têm de revezar e a unidade do Alvorada precisa ampliar o horário de atendimento e ter mais enfermeiros. “Ou vai começar morrer gente sentado esperando ser medicado, nem lugar suficiente pra tomar soro não está tendo”, afirma.
Nova Odessa já passou dos 2,5 mil casos de dengue em 2024, segundo o governo estadual.
Na última terça-feira (30), pacientes do PA Alvorada enfrentaram filas para serem atendidos. Pessoas estavam deitadas no chão com dores e mal-estar. A epidemia de dengue se escancarou em Nova Odessa.
As condições de superlotação e piora no atendimento foi flagrada na recepção do PA do Alvorada. Pacientes estão revoltados com a situação de “descontrole” da epidemia.
Na segunda-feira (29), o Hospital Municipal de Nova Odessa teve outro dia de caos no atendimento, agravado pela atual situação de epidemia de dengue. Moradores reclamaram do número reduzido de médicos para atender a demanda crescente, sobrecarregando o sistema de saúde. Também houve registro de paciente esperando no chão por atendimento na unidade.
Mães com crianças de colo foram vistas no local esperando atendimento do lado de fora da unidade.
Na última semana, o JNO mostrou que mesmo com a superlotação do PA do Alvorada, as ruas e praça ao entorno da unidade de saúde acumulam lixo, entulho e possíveis criadouros do mosquito da dengue.
Questionada, a Secretaria de Saúde informou que em função da redução do espaço físico disponível causada pela reforma da ala de Emergência do Hospital Municipal, a pasta voltou nesta quinta-feira (02) a separar as recepções adulta e pediátrica do complexo hospitalar. A medida visa também evitar aglomerações de pacientes, acompanhantes e visitantes na recepção principal, como aconteceu no horário de pico do início da noite da última segunda-feira (29).
“Estamos finalizando a reforma do Pronto Socorro Adulto. Passamos o pronto atendimento das crianças, o Pronto Socorro Infantil, para os fundos do Hospital, como já tínhamos feito em uma etapa anterior da reforma”, disse a secretária de Saúde, Adriana Welsch.
Segundo a pasta, assim, os pacientes adultos continuam “fazendo ficha” e passando pela triagem e classificação de risco na recém-modernizada recepção geral do complexo, na Rua Aristides Bassora, no Bosque dos Cedros. O mesmo vale para as visitas aos pacientes internados, nos horários determinados.
“Já as crianças de até 12 anos devem ser levadas pelos pais para a segunda recepção, localizada “atrás” do complexo, na Rua Waldemar Ignowski, s/n – na antiga ala respiratória, entre a sede da Secretaria Municipal de Saúde e os fundos do Paço Municipal, e ao lado da nova UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Nos dois locais, o atendimento prossegue normalmente 24h por dia, 7 dias por semana”, diz.
A secretária de Saúde afirmou que o PA do Jardim Alvorada e região passou recentemente a oferecer também atendimento pediátrico, para crianças até 12 anos, além do atendimento adulto de pacientes com sintomas respiratórios, incluindo suspeitas de dengue, gripe e covid.
O local prossegue funcionando como centro de atendimento exclusivo para pacientes adolescentes (acima dos 13 anos), adultos e idoso com sintomas de dengue, gripe e Covid, oriundos de todas as regiões da cidade, visando reduzir a demanda sobre o PS (Pronto Socorro) do Hospital Municipal.