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Com a epidemia mais grave da região, NO tem 1ª morte por dengue em 2024

Vigilância Epidemiológica confirmou primeiro óbito pela doença e cidade tem quase 2,8 mil infectados neste ano; sistema de saúde municipal está superlotado, com reclamações no atendimento e número insuficiente de enfermeiros

jno

Paulo Medina
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Com 2.743 casos de dengue e a situação epidêmica mais grave da região, Nova Odessa confirmou nesta quarta-feira (8) a primeira morte por dengue. Trata-se de uma mulher de 42 anos, moradora do Altos do Klavin. Ela iniciou os sintomas em 04 de março, foi internada dia 10, no Hospital Municipal e foi transferida para uma UTI em um hospital de Piracicaba via CROSS (Central de Regulação de Vagas) no último dia 12, mas não resistiu, indo a óbito em 15 de março. O sistema público de saúde da cidade registra superlotação e pacientes insatisfeitos com o número insuficiente de profissionais.
Esse era um dos casos que vinham aparecendo como “óbitos em investigação” no painel da dengue do Estado. Restam ainda dois óbitos em investigação na cidade, aguardando resultados de exames. Outros “suspeitos” foram negativados ao longo das semanas anteriores.
“O município segue promovendo ações diárias e ininterruptas de combate ao mosquito transmissor do vírus da dengue, e reforça o apelo para que a comunidade também faça sua parte eliminando das casas, estabelecimentos, quintais e terrenos todo material que possa acumular água limpa e parada. Lembramos que até 90% dos criadouros encontram-se no interior dos imóveis particulares”, informa a Prefeitura.
Na última semana, Nova Odessa atingiu o total de 17,8 mil imóveis visitados pelo serviço de nebulização veicular de inseticida contra o mosquito Aedes aegypti adulto, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. O Residencial das Árvores, do Programa Minha Casa Minha Vida (formado pelos condomínios populares Ipê Amarelo, Ipê Roxo e Ipê Branco) recebe nesta semana nebulização interna.
A Secretaria Municipal de Saúde segue avaliando a situação de cada localidade e pode promover novas nebulizações veiculares. “Além das nebulizações veiculares, o trabalho de combate ao mosquito transmissor do vírus da dengue continua diariamente em Nova Odessa, e é realizado pela equipe de 10 servidores do Setor de Zoonoses. Durante a semana, a equipe de Zoonoses segue realizando o trabalho de “BCC”, ou “busca casa a casa” por criadouros e pacientes sintomáticos. E, aos sábados, acontecem os “arrastões” de recolhimento de criadouros do mosquito em bairros mais críticos para a dengue. Em todos os casos, a Secretaria Municipal de Saúde pede que os moradores visitados sempre abram as portas para a equipe antidengue da Prefeitura”, diz a administração.
Na última segunda-feira, o JNO mostrou que pacientes reclamam da demora no atendimento do PA (Pronto Atendimento) do Alvorada, relatando um cenário de caos e escassez de enfermeiros para atender à demanda crescente na unidade.
A epidemia de dengue tem sobrecarregado os serviços de saúde de Nova Odessa, e o PA do Alvorada não tem sido exceção. Pacientes que buscam atendimento no local têm expressado sua frustração diante das filas, da demora no atendimento e da falta de estrutura de pessoal para lidar com a alta demanda.
Um dos principais pontos de reclamação dos pacientes é o número insuficiente de enfermeiros disponíveis para prestar assistência. Em meio a uma epidemia de dengue, em que os casos graves podem evoluir rapidamente, a presença e a atuação ágil desses profissionais são essenciais, defendem usuários.