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Projeto Afin lançou “Criança tem voz” e contou com a participação da escritora Ana Stoppa

Trata-se de uma visita guiada das crianças pelo CEJUSC e Fórum para que conheçam o Poder Judiciário

O “Projeto AFIN – Afeto na Infância. Você, afinado com seu filho”, Idealizado e dirigido pela doutora Michelli Changman, Juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, lançou ontem, dia 26, a ação social: “Criança tem voz”.
Trata-se de uma visita guiada das crianças especialmente do ensino público municipal pelo CEJUSC e Fórum de Nova Odessa, para que conheçam o Poder Judiciário, a sua atuação para a efetivação dos direitos e garantias das crianças e adolescentes, e iniciem a sua participação cidadã na cidade, por meio da redação de uma carta direcionada ao Prefeito Municipal, na qual são elencados problemas percebidos pelas crianças em seus bairros de residência.
Com a ação social, que deverá ocorrer semanalmente, o Projeto AFIN espera despertar a consciência cidadã nas crianças sobre o papel que exercem dentro de uma sociedade, permitindo maior participação na gestão pública, além de estender o convite para que seus pais se engajem nas outras ações que o Projeto AFIN oferece, voltadas à Primeira Infância.
A escritora de literatura infantil, Ana Stoppa, participou da ação social.
Durante o encontro, a escritora contou sobre seu trabalho de muitos anos em prol do incentivo à leitura, e doou cerca 120 livros infantis de sua autoria às crianças que inauguraram a visita, bem como distribuiu kits de leitura aos professores da rede pública de ensino.
A doação dos livros é uma ação voluntária da Dra. Ana Stoppa de incentivo à leitura, idealizado em 2012. A partir de então, a autora passou a editar os seus livros, custeados com recursos de seu trabalho na área jurídica, visando a despertar nos alunos da educação infantil e ensino fundamental matriculados em escolas públicas a importância de se desenvolver o hábito da leitura, tanto como conhecimento, lazer. O foco para atender a demanda são as escolas localizadas em bairros da periferia.
Para Stoppa, que também atua como advogada, este é um trabalho de cunho social de grande relevância. “Não se pode pregar a Justiça ou defendê-la se você não a exercita. E a Justiça, ainda que não seja suficiente, neste ato se traduz no amor ao próximo. Tenho convicção de que esse é um princípio que está esculpido no coração, na alma. E todos aqueles que atuam na elaboração das leis, antes de tudo também são cidadãos, com direitos e deveres perante a sociedade. Somos todos responsáveis pela transformação através das boas ações e da prática de atos solidários em favor do próximo. Se assim não for, tudo perde a razão de ser, pois há que se compreender a importância do liame entre a solidariedade e a justiça, especialmente a social, e a solidariedade, sem dúvida alguma ameniza o sofrimento dos semelhantes, declara a autora.
Para a doutora Michelli Changman, a inauguração da ação social foi muito gratificante, pois as crianças tiveram oportunidade de expressar seus desejos quanto à construção de uma cidade mais afetiva para elas, de conhecer os caminhos que o Sistema de Justiça lhes proporciona enquanto sujeitos de direitos, bem como escreveram cartas aos seus pais ou cuidadores sobre questões que desejam conversar com eles, demonstrando, portanto, que eles também têm direito à voz dentro no próprio seio familiar.
O encontro contou com a participação dirigentes das escolas de ensino fundamental e creches da cidade, com a Secretária da Educação Municipal, Claudicir Piccolo, servidores voluntários da equipe do Projeto AFIN e de 25 crianças da rede de escola pública municipal.