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Número de casos em junho já é quase 3 vezes maior do que no pior momento da pandemia

Entre os dias 1º e 23 deste mês, Nova Odessa confirmou 1.201 casos de Covid-19; no mesmo período em abril, foram ‘apenas’ 471 moradores infectados pelo novo coronavírus

O número de casos de Covid-19 registrado em Nova Odessa neste mês de junho já é quase três vezes maior do que no pior momento da pandemia, em abril. Entre os dias 1º e 23 deste mês, a cidade contabilizou 1.201 casos do novo coronavírus, sendo que no mesmo período de abril, foram “apenas” 471 moradores infectados. A média diária atual de novos casos é de 52, valor 160% maior do que o registrado nos 23 primeiros dias daquele mês, considerado, até então, o mais dramático.

A variação crescente de novas infecções e internações, iniciada desde o anúncio da fase transitória do Plano São Paulo, tem sido mostrada nas últimas notas técnicas produzidas pelo Observatório PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica). De acordo com o infectologista André Giglio Bueno, a necessidade de medidas mais rígidas já podia ser observada há algumas semanas. Agora, a eficácia das ações adotadas recentemente pela Prefeitura de Campinas – como toque de recolher a partir das 19h – depende de planejamento coordenado com os outros municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas), que enfrentam o mesmo cenário neste momento.

Segundo os dados da 24ª Semana Epidemiológica, a ascensão do contágio ocorreu em todo o Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-Campinas), que integra, no total, 42 municípios. Houve aumento de 55,6% nos casos e 6,55% nas mortes. A variação foi a mesma da Região Metropolitana de Campinas (RMC) em relação às novas infecções pelo coronavírus (+55%).

Para Giglio, que é professor de Medicina da PUC-Campinas, manter o funcionamento da maneira como está não é suficiente, sobretudo diante da ineficácia no rastreamento, isolamento e monitoramento de pessoas cuja testagem foi positiva. “Além disso, essas ações dependem essencialmente de grande disciplina da população para seguir as recomendações das autoridades sanitárias, tendo em vista a dificuldade de controlar se as pessoas estão de fato isoladas. Há risco, portanto, de que tais estratégias sigam pouco efetivas no controle da pandemia e insuficientes para conter a circulação do vírus sem a ajuda de medidas mais restritivas”, avalia o especialista.