Quando a Vida Respira para além da vida!
Há pessoas que não passam pela vida, elas respiram por ela.
Estão entre nós como quem inspira fundo antes de um mergulho e, mesmo submersas na rotina, mantêm a leveza de quem conhece o fundo, mas prefere o céu. São gente que não pesa. Gente que, em vez de ocupar espaço, oxigena o ambiente. Chegam suaves, mas não passam despercebidas. Como o ar da manhã que, embora sutil, acorda tudo ao redor.
Essas pessoas sabem escutar silêncios, cuidar com gestos pequenos e lembrar que o essencial é invisível, como o ar que nos mantém de pé. Elas nos ensinam, sem palavras, que viver não é correr atrás do tempo, mas respirar junto com ele. Têm o dom raro de fazer com que a convivência se pareça com um suspiro de alívio. E quando vão, porque às vezes vão cedo demais, deixam um vácuo que não sufoca, mas ensina.
Ensinam que não se mede a vida pela extensão dos dias, mas pela profundidade das trocas. Ensinam que a saudade pode ser, também, uma forma de continuar amando como se o coração, mesmo partido, ainda seguisse caminhando em direção ao ar.
Essas pessoas não morrem mesmo tendo deixado esta vida terrena. Elas continuam na forma como olhamos os outros com mais ternura, na maneira como desaceleramos para ouvir alguém, na lembrança de que a respiração mais bonita é aquela que a gente compartilha: leve, presente, consciente.
Porque a vida, no fundo, não quer ser curta ou longa, ela quer ser sentida, ser vivida em cada respirar…E há quem nos ensine isso só por existir.
Ainda que a ausência doa, há algo de sagrado em ter respirado o mesmo ar que elas.
Pra quem fica, a saudade!
Siga em PAZ querido Bruno.