Os vereadores Tiago Lobo (PV), Carla Lucena (PL), Antonio Alves Teixeira (PSD) e Leitinho (PSD) decidiram arquivar a representação contra o colega Wladiney Pereira Brígida (PL), o Polaco, que foi preso em 2018 acusado de corrupção passiva após ter exigido a quantia de R$ 150 para aprovar uma pessoa que fazia a prova para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Na ocasião, Polaco era examinador do Detran (Departamento Nacional de Trânsito) e a prisão em flagrante aconteceu na cidade de Itatinga (SP). O parecer que pedia o arquivamento da Comissão Processante, com a assinatura de Tiago Lobo e Antonio (relator e membro), foi votado na sessão desta segunda-feira da Câmara. Apenas os vereadores Elvis Garcia, o Pelé (PSDB), Sebastião Gomes dos Santos, o Tiãozinho do Klavin (PSDB) e Edson Barros, o Nenê Gás (PSDB), votaram para que a investigação contra Polaco tivesse prosseguimento.
“Eu votei pelo prosseguimento, até mesmo atendendo um pedido do próprio vereador Polaco. Eu tive que ser coerente em relação ao pedido de cassação da vereadora Carol Moura. O vereador Polaco foi preso em flagrante, passou uma noite na cadeia e teve que pagar fiança pra sair. Se isso não representar indícios de autoria e materialidade, então eu preciso voltar para a Faculdade de Direto para tentar entender. O vereador Polaco fala em perseguição, mas quem foi preso foi ele. Ou seja, o processo de cassação só foi instaurado por conta dessa prisão. Por isso reforço que meu trabalho como presidente da Comissão Processante foi técnico, com indícios de autoria de materialidade”, explicou Pelé, que apresentou voto em separado pela continuidade do processo de investigação contra Polaco.
O CASO
No dia 13 de julho passado, havia sido aprovada a abertura da Comissão Processante depois que, no dia 10, houve o protocolo de uma denúncia pela auxiliar de enfermagem Simone Alcântara Teixeira. A autora do pedido justifica que Polaco teria quebrado o decoro parlamentar na época em que era suplente ao ser preso, em 27 de março de 2018, acusado de corrupção passiva na cidade de Itatinga (SP). Na ocasião, Polaco era examinador do Detran (Departamento Nacional de Trânsito) e foi acusado de exigir ‘em benefício próprio’ a quantia de R$ 150 para aprovar uma pessoa que fazia a prova para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
COM A PALAVRA, OS VEREADORES:
“Votei, na verdade, pela conclusão dos trabalhos da Comissão Processante, que não encontrou elementos capazes de configurar falta de decoro parlamentar. Acompanhei o relatório dos nobres pares, que conduziram a comissão com seriedade e, após analisarem a defesa prévia do vereador Polaco, decidiram pelo arquivamento”, disse à reportagem do JNO, a vereadora Carla Lucena.
Os vereadores Tiago Lobo, Leitinho e Antonio foram procurados para se posicionarem sobre o voto, tanto por telefone como por mensagem de Whatsapp ao longo de toda a tarde, mas não se posicionaram.