Paulo Medina
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O SSPMANO (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Odessa) acusa a Prefeitura de Nova Odessa de disseminar informações falsas aos educadores sobre o pagamento de um precatório no valor de R$ 1,5 milhão com a categoria. O montante é referente a uma ação trabalhista envolvendo cerca de 200 EDIs (Educadoras de Desenvolvimento Infantil) que não receberam os intervalos de descanso de 15 minutos durante suas jornadas de trabalho de seis horas, conforme determina a legislação. O processo tramita na Justiça do Trabalho e o sindicato pede o bloqueio das contas da Prefeitura para garantir o pagamento dos servidores.
Luis Fernando, presidente do SSPMANO, criticou em um vídeo nas redes sociais a conduta da Prefeitura. Segundo ele, a administração municipal não tomou nenhuma ação concreta para efetuar o pagamento do precatório. “Conversamos com o jurídico e queremos esclarecer boatos sobre o processo das EDIs, atualmente professores, o processo dos 15 minutos. A Prefeitura não tomou nenhuma ação, não fez o pagamento”, afirmou Luis Fernando.
O sindicato denuncia que a Prefeitura deixou para o último dia do prazo estipulado pela Justiça para tomar conhecimento do processo, que agora foi estendido para setembro. “A Prefeitura de Nova Odessa continua mentindo para as professoras de creche quanto ao pagamento do precatório da ação dos 15 minutos. Apesar dela alegar que já pagou metade do valor da ação, ela continua usando de toda sua astúcia, deixando para tomar conhecimento da ação no último dia de prazo legal determinado pela Justiça. Portanto, é mentira que ela pagou parte da ação”, declarou o SSPMANO.
A polêmica ganhou força após uma comissão de servidores informar que a Prefeitura teria dito que realizou o pagamento de metade do valor do precatório, cerca de R$ 800 mil. Contudo, o sindicato alega que nenhum comprovante desse pagamento foi apresentado. “Não se deixe enganar pelas palavras, palavras vão ao vento”, disse o presidente do SSPMANO.
O caso teve início após a Justiça do Trabalho de Americana determinar que o prefeito Claudio Schooder, o Leitinho (PSD), explicasse a ausência do pagamento. A ordem foi emitida pela juíza Ana Paula Alvarenga Martins. O SSPMANO solicitou o bloqueio das contas da Prefeitura como forma de garantir o pagamento do precatório.
A situação continua causando tensões entre os servidores e a administração municipal, que agora tem o desafio de responder à Justiça. Já a Prefeitura nada respondeu sobre o assunto.