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Servidores rejeitam a nova contraproposta e, pressionada, prefeitura marca reunião para 3ª

854 dos 940 funcionários públicos que participaram das assembleias setoriais disseram “não” aos 10,5% de aumento nos salários oferecidos pelo prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho

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A grande maioria dos funcionários públicos municipais que participaram das três assembleias setoriais realizadas pelo SSPMANO (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Odessa) rejeitou a nova contraproposta de aumento salarial oferecida pelo prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho. De acordo com a entidade, dos 940 votos contabilizados, 854 deles – o que representa 90% – foram contrários ao reajuste de 10,5%. Outros 86 foram no sentido da aprovação da contraproposta. Pressionada, a Prefeitura já encaminhou ofício ao sindicato marcando uma nova reunião para terça-feira, dia 29, às 10h30, no Paço Municipal, para dar continuidade às negociações.

Segundo apurou a reportagem do JNO, o sindicato pretende, logo após a reunião de quarta-feira, convocar os servidores para uma grande assembleia em frente à prefeitura, no período noturno, para que os funcionários possam deliberar sobre o que for apresentado pelos representantes do Poder Executivo. Caso essa nova contraproposta exista e seja também rejeitada pelos servidores, o sindicato vai oficializar o MPT (Ministério Público do Trabalho) e a própria prefeitura sobre o início da greve, além de divulgar uma “carta aberta” à população explicando os motivos da paralisação.

Na última contraproposta, o prefeito Leitinho ofereceu 10,5% de reposição salarial e 20% de aumento na cesta. Na primeira, os percentuais eram 10,18% e 17,5%, respectivamente.  O SSPMANO, por sua vez, pleiteia 16% de reposição, além de 25% de aumento real e que a cesta básica passe dos atuais R$ 552,89 para R$ 850, ou seja, reajuste de 53,7%. Já em relação aos demais itens, como aumento na cesta de Natal, por exemplo, os índices oferecidos pela prefeitura se mantiveram, o que também desagradou o sindicato.

A prefeitura diz que respeita as reivindicações do sindicato, mas que tem adotado ações pautadas sob a legalidade e a responsabilidade fiscal. “A contraproposta apresentada reflete a possibilidade financeira da Administração Municipal neste momento, dentro limites previstos na LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal, bem como das necessárias contratações de novos servidores por concurso já em andamento, para o atendimento de nossa população”, justifica a Administração.

 

Em manifesto, professoras pedem melhorias na Educação

O Sindicato dos Servidores também divulgou nesta sexta-feira um manifesto feito, segundo a entidade, por professoras da rede municipal de ensino de Nova Odessa, para tornar pública “a preocupação e a insatisfação frente às medidas tomadas pela atual administração e os desmazelos que se perpetuaram das gestões passadas”.  No documento, o grupo diz que o excesso de cobranças, a falta de assistência e de recursos tanto materiais como humanos, somados aos baixos salários”, expõem a inexistência de “consideração” com a classe de profissionais.

As professoras citam, entre diversos problemas, a falta de acesso à Internet e de computadores para professores e alunos, além da ausência de funcionários essenciais e de apoio, como diretores, coordenadores, monitores, inspetores e estagiárias. Ainda segundo as docentes, alunos com defasagem severa não contam com reforço escolar e os alunos com necessidades especiais não tem atendimento e acompanhamento adequado. Elas dizem também que as lousas digitais instaladas pela prefeitura, em alguns casos, não funcionam e também não recebem manutenção.

“As situações elencadas aqui devem ser olhadas com maior seriedade e com rapidez. Ressaltamos também a necessidade premente da restruturação do Plano de Carreira, visto que a vida funcional dos profissionais vem sendo por anos prejudicada ao não contemplar de forma efetiva as evoluções que incentivem a permanência e o crescimento de maneira horizontal e vertical”, traz o manifesto.

OUTRO LADO. Procurada pela reportagem para comentar o manifesto, a prefeitura disse que a Secretaria Municipal de Educação ainda não teve acesso formal ao documento, mas  é possível afirmar que existe uma empresa que foi contratada e que já está tomando todas as medidas necessárias para sanar as questões pontuais. “Mas é uma conquista histórica da atual gestão ter finalmente internet em todas as salas de aula”, ressaltou a prefeitura. Ainda segundo a Administração, o contrato de fornecimento das lousas digitais prevê a manutenção das mesmas, e as questões pontuais já estão sendo resolvidas. “Assim que o documento chegar às nossas mãos, iremos chamá-los à mesa de conversa e construir pontes. O diálogo com a categoria se mantém constantemente aberto, como acontece desde o início deste governo”, finalizou o titular da pasta, José Jorge Teixeira.