Da Redação
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A decisão da Prefeitura de Nova Odessa de terceirizar duas creches municipais continua causando protestos e manifestações. Durante a sessão da Câmara realizada ontem, servidores protestaram com cartazes contra a terceirização. O presidente da Câmara, Wagner Morais, usou seu tempo de fala para dizer que esse modelo de gestão representa um retrocesso e apoiou o movimento dos servidores.
Representantes do SSPMANO (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Odessa) também estiveram na Câmara e realizam hoje duas assembleias nas creches que deverão ser terceirizadas.
A decisão do prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho, vem gerando reações negativas. No último dia 5, servidores, pais e funcionários da rede municipal de Educação vestiram preto em sinal de luto pelo que consideram “uma perda para a qualidade do ensino público” da cidade.
“O prefeito Leitinho, quando era vereador, dizia que ‘a terceirização era a porta de entrada para a corrupção. E agora? O que ele está fazendo? Terceirizando justo as creches, onde estão nossas crianças”, disse Morais.
O SSPMANO, por meio de seu presidente, Luís Fernando da Silva, informou que a terceirização das unidades está sendo analisada pelo departamento jurídico do sindicato e confirmou a realização das assembleias hoje, com o objetivo de debater as medidas de ação com as servidoras e avaliar os próximos passos.
A portaria que trata da terceirização foi publicada pelo secretário de Educação, José Jorge Teixeira, e prevê o fechamento temporário das EMEBs (Escolas Municipais de Educação Básica) Professora Vânia Meirelles Dextro Mauerberg, na Vila Azenha, e Professora Apparecida Rodrigues Prata, no Jardim São Francisco, para que, a partir de janeiro de 2025, essas unidades sejam transferidas para gestão de OSCs (Organizações da Sociedade Civil).
A iniciativa de terceirização gerou um movimento de resistência popular. Em poucos dias, um abaixo-assinado online, intitulado “Abaixo-assinado contra a privatização do ensino básico em Nova Odessa”, reúne mais de 520 assinaturas de moradores e servidores, que temem o impacto da medida.
Procurada, a Prefeitura de Nova Odessa não comentou os protestos dos servidores contra a terceirização das creches.