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Quaresma: Um Tempo de Respeito e União

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Estamos na Quaresma, um período importante dentro do Cristianismo, marcado pela reflexão, pela renovação espiritual e pela preparação para a Páscoa. Durante esses 40 dias, muitos fiéis se dedicam à oração, ao jejum e à caridade, buscando um momento de conexão consigo mesmos e com sua fé. Mas a Quaresma não é o único período litúrgico de renovação existente. Em diversas outras religiões, encontramos momentos semelhantes de recolhimento, reflexão e transformação.
No Islã, por exemplo, há o Ramadã, um dos pilares do islamismo. Durante um mês, os muçulmanos praticam o jejum diário do nascer ao pôr do sol, reforçando a disciplina, a gratidão e a empatia pelos menos favorecidos. Já no Judaísmo, temos o Yom Kipur, conhecido como o Dia do Perdão, onde os fiéis realizam um jejum e fazem orações para buscar o perdão divino e a renovação espiritual. No Hinduísmo, existe o Navaratri, um período de nove noites de celebrações e rituais voltados à devoção e ao equilíbrio entre o corpo e a alma.
Esses períodos, apesar de pertencerem a diferentes tradições religiosas, carregam um significado muito semelhante: um tempo de introspecção, crescimento espiritual e fortalecimento da fé. E isso nos traz uma reflexão importante: se em tantas culturas e religiões há momentos dedicados à conexão com algo maior, por que, muitas vezes, ainda permitimos que a fé nos separe ao invés de nos unir?
O respeito às crenças alheias é um dos maiores sinais de evolução e maturidade de uma sociedade. Não precisamos seguir a mesma fé para exercermos a tolerância, a empatia e o amor ao próximo. Independente da religião, somos todos irmãos, frutos da mesma origem, cada um buscando seu caminho para a paz, a felicidade e o propósito de vida.
Que neste período de Quaresma – e em todos os momentos de reflexão existentes nas mais diversas tradições – possamos não apenas olhar para dentro de nós mesmos, mas também estender esse olhar para o outro, com respeito, compreensão e generosidade. Pois, no final das contas, mais importante do que no que acreditamos, é como aplicamos esses valores no mundo ao nosso redor.
Com carinho,
Juçara Rosolen