Em referência ao dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a Prefeitura de Nova Odessa, através da Comissão de Fortalecimento da Rede de Proteção da Criança e do Adolescente, promove a Campanha Maio Laranja. A campanha tem como parceiros integrantes do Projeto AFIN (Afeto na Infância), idealizado pela juíza da Vara da Infância e Juventude da Comarca, Michelli Vieira do Lago Ruesta Changman.
No ano 2000, por meio da Lei Federal nº 9.970, foi instituído o 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O abuso sexual contra criança ou adolescente é considerado todo ato de natureza erótica entre um adulto ou adolescente mais velho, contra uma criança ou adolescente, com ou sem ato físico ou uso de força.
“O objetivo das ações que desenvolveremos durante todo o mês de maio é buscar a sensibilização e o comprometimento da sociedade sobre as questões que envolvem o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. O foco principal é o cuidado, a proteção e atendimento às vítimas deste tipo de violência”, comentou Solange Paulon, coordenadora do CREAS.
“Além da divulgação dos serviços que atendem esta temática. É preciso explicar para as crianças e seus familiares que o abuso sexual não é aceitável, não é natural. Assim, Nova Odessa vem assumindo esse compromisso e através da Rede de Proteção tem aprimorado esse trabalho”, acrescentou a assistente social.
Na programação, além de um amplo material de conscientização nas redes sociais da Prefeitura, serão realizados dois encontros aos profissionais da área. O primeiro deles no dia 18 de maio, no Teatro Municipal, com uma série de palestras para profissionais da Rede Protetora da Criança e do Adolescente e demais profissionais que trabalham com crianças e adolescentes.
Nesta data, os palestrantes vão tratar sobre: “Abuso e exploração sexual infantil: causas e consequências, estatísticas, enfrentamento e o papel da rede”, com Juliana Costa de Souza, chefe do Cejusc, coordenadora do Projeto AFIN e especialista em Sexualidade Humana; “Garantia de direitos de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência sexual sob a ótica da escuta especializada e depoimento especial”, com Bárbara Fraga Maresch; e “A escuta de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência – intervenção dos atores da Rede sob a ótica da não reavitimização”, com Amanda Zanelato.
No dia 27 de maio, haverá o encerramento da campanha no auditório do Paço Municipal, programação também voltada aos profissionais da área. O tema a ser trabalhado é: “Violência Sexual e o Impacto no Desenvolvimento Psicoafetivo de Crianças e Adolescentes”, com Cristina Marcondes.
REDE PROTETORA
No início de 2022, a Secretaria de Educação de Nova Odessa deu início ao programa de fortalecimento da Rede de Proteção da Criança e Adolescente do município. Foi formada uma comissão com profissionais das diversas políticas públicas que, com o apoio da Maná Assessoria Técnica, visa diagnosticar a situação da criança e do adolescente na cidade.
A partir dos resultados levantados, será construído o Plano Plurianual dos Direitos da Criança e do Adolescente, os fluxos de atendimento às vítimas e/ou testemunhas de violência e serão ofertadas formações aos profissionais da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente do município para garantir que o fluxo construído seja efetivado.
Uma ação que visa também cuidar de nossas crianças e adolescentes e considerando-as seus cuidados, proteção e atendimento, absoluta prioridade (art.4º, caput e par. único, alíneas “b” e “c” c/c art.87, inciso I, da Lei nº 8.069/90), buscamos ações referentes ao dia 18 de Maio, fortalecendo e formando a Rede de Proteção da criança e adolescentes.
“Consideramos essa data importante como um marco, porém essas ações devem estar presentes em todas os dias e nas diversas políticas de atendimento a esse público”, Sandra Cristina Trambaiolli De Nadai, psicopedagoga e membro da Rede Protetora.
FIQUE ATENTO:
- 85% a 90% dos agressores sexuais são pessoas conhecidas, 30% são pais e 60% conhecidos da vítima e de sua família
- Essa prática é mais comum do que se imagina, uma a cada três meninas e um a cada seis meninos são vítimas de algum abuso sexual até completarem 18 anos
- 92% das crianças falam a verdade quando dizem estarem sendo vítimas de abuso sexual
- Todo ato libidinoso com menores de 14 anos pode ser considerado estupro de vulnerável
- Denuncia – se você é vítima ou saber de um caso de abuso denuncie, ligue para Direitos Humanos (Disque 100) ou para o Conselho Tutelar (19 3466-5901). Fique atento e denuncie, lembre-se que o seu silêncio pode custar uma vida