A suposta doação de uma área para construção do prédio próprio para a Câmara gerou polêmica na sessão de ontem. O vereador Oseias Domingos Jorge afirmou que o prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho, doaria uma área e faria um financiamento para a construção do imóvel que abrigaria o Legislativo.
Em resposta ao JNO, porém, o prefeito desmentiu o vereador. A nota encaminhada pela Diretoria de Comunicação informa que: “a Administração Municipal não tomará nenhuma medida visando doação de área pública e tampouco obtenção de recursos públicos mediante financiamento sem que haja um requerimento formal da Mesa Diretora da Câmara Municipal”. A prefeitura não comentou o ofício entregue ao prefeito pelo presidente da Câmara, Elvis Ricardo Maurício Garcia, o Pelé, no dia 13 de janeiro.
“Nenhum prefeito aqui em Nova Odessa teve a coração de fazer o que o prefeito Leitinho vai fazer hoje, se o presidente aceitar. O prefeito Leitinho cedeu a área pra nós faze (sic) uma Câmara de excelência, do jeito que o presidente quer (…) Ele vai fazer o financiamento para nós e a Câmara só vai repassar o valor depois de dois anos que foi feito o financiamento”, disse Oseias no uso da tribuna.
“Eu queria pedir ao presidente que aceita essa área lá no (bairro) Maria Helena, que aceite esse financiamento do prefeito Leitinho”, completou Oseias, que ainda afirmou que “sobre a construção de Câmara, quem decide é o presidente”.
Líder do governo na Câmara, o vereador Antônio Alves Teixeira, o Professor Antônio, também falou sobre o tema e afirmou que entregaria uma cópia de um documento aos demais vereadores. Indicou que a área a ser doada teria nove mil metros e estaria no Jardim Maria Helena. “Isso aqui é a promessa. Eu, como líder do governo, consigo a área”, disse.
A vereadora Márcia Rebeschini também afirmou que o prefeito faria a doação. “Sou contra sair de um aluguel e pagar outro aluguel sendo que o prefeito está fazendo a doação e um financiamento de mais R$ 3 milhões pra gente começar e concluir a obra. É algo que (o presidente) não aceita se não quiser”, afirmou.
MUDANÇA
A Câmara publicou, no último dia 23, um chamamento público para que interessados em locar um imóvel para abrigar o Legislativo se manifestassem.
No material divulgado pela Câmara quando o presidente solicitou a área ao prefeito, em janeiro de 2021, consta a informação de problemas estruturais nos prédios atuais, pelos quais o Legislativo paga cerca de R$ 25 mil de aluguel por mês. “Quando assumi a presidência, os servidores de carreira da Casa indicaram, como uma das prioridades para o biênio 2021-2022, a construção de um prédio próprio. Entre outros problemas, no imóvel locado em que a Câmara se encontra hoje, não conseguimos o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) e isso já foi apontado pelo Tribunal de Contas do Estado”, explicou Pelé à época.