O desaparecimento do advogado criminalista Valmir Ernesto, que completou seis meses no último dia 12, segue sendo um mistério para a Polícia Civil. Ele sumiu no começo de janeiro, depois que deixou o seu escritório, que fica no Jardim Santa Rosa, ao término de mais um dia de trabalho. Seu carro foi encontrado em chamas em Americana, onde o advogado reside. A reportagem do JNO questionou a Secretaria de Segurança Pública sobre o andamento das investigações. Em nota, a pasta disse que caso é investigado, por meio de inquérito policial, pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana. “Diligências seguem, sob sigilo, para o total esclarecimento dos fatos. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”.
Segundo informações do boletim da Polícia Militar, o carro foi encontrado incendiado no bairro Jardim Ipiranga. O sócio do advogado foi até o local para representar a família e informou que ele estava desaparecido desde o final da tarde do dia 12 de janeiro. Ainda conforme a Polícia Militar, na manhã seguinte ao encontro do veículo, os policiais tiveram acesso a imagens de câmeras de segurança de uma loja nas proximidades.
O vídeo mostra quando um homem deixou o carro no local, por volta de 19h30. As câmeras também flagraram quando, cerca de 2h30 da madrugada, dois homens chegam com um galão com líquido que aparenta ser gasolina e ateiam fogo no veículo. As imagens estão com a polícia para ajudar na identificação.
O advogado, que tem 47 anos, teria saído com um veículo Volkswagen Fox. Trajava calça jeans e camiseta preta. A namorada também entrou em contato com a GCM (Guarda Civil Municipal) de Nova Odessa para que observassem as câmeras de videomonitoramento. Recebeu a informação de que o carro foi identificado pelos equipamentos saindo da cidade às 18h12 e 19h15, sentido Santa Bárbara d’Oeste, pela Estrada Rodolfo Kivitz.
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) pediu quebra de sigilo dos aparelhos de Ernesto e analisaram as câmeras de monitoramento em busca de imagens referentes ao caso. O carro foi apreendido e periciado no IC (Instituto de Criminalística) de Americana.