No ano em que completa 25 anos de existência, a Paróquia de São Jorge está sendo conduzida por um novo pároco. O padre Antonio Luiz Fernandes assumiu a paróquia e recebeu a reportagem do Jornal de Nova Odessa para conversar sobre os preparativos para a comemoração do jubileu e sobre os desafios da igreja no pós-pandemia de Covid-19.
Natural de Leme, padre Luiz já trabalhou por dois anos em Nova Odessa, na igreja de Santa Luzia, no bairro Triunfo. Depois de sete anos trabalhando em comunidades da Amazônia, onde teve contato com culturas e hábitos diferentes, o pároco enfrenta dificuldades peculiares. “Está difícil usar sapatos”, brincou no início da entrevista.
De diálogo fácil e ideias bem esclarecidas, o padre fez questão de afirmar que teve uma boa acolhida na comunidade e na cidade. “Eu confesso que havia esquecido o quanto a população de Nova Odessa é generosa e como as pessoas são cuidadosas com a nossa comunidade, com o padre, com a igreja. Isso é uma característica muito forte do povo de Nova Odessa”, disse.
Entre os preparativos para a comemoração do jubileu da paróquia, o padre também completa 25 anos de ordenação. “Acredito que devemos comemorar todas as conquistas desses 25 anos da paróquia, com festa, com o convite a todos os padres que passaram por aqui para que estejam conosco, mas peço aos nossos fiéis que pensem na igreja que querem construir para os próximos 25 anos. Precisamos planejar a igreja que queremos ter na comemoração dos 50 anos”, afirmou.
E o futuro é uma preocupação que permeou toda a conversa do padre com a reportagem. “A igreja não pode ser uma ilha dentro de uma comunidade. Precisamos ter uma participação social, precisamos planejar a igreja que iremos deixar de herança para as futuras gerações”, reforçou. Padre Luiz destacou ainda a importância da participação de jovens e crianças na vida da comunidade católica, já que o perfil dos fiéis está envelhecendo, assim como o dos padres. “Onde estão os novos filhos da nossa igreja?”, perguntou.
Entre os desafios de curto prazo estão honrar compromissos financeiros que já foram assumidos para a melhoria da estrutura da igreja e a organização da paróquia para atender aos fiéis após o fim da pandemia. “Precisamos recriar o espírito de comunidade, pois muitos se afastaram por conta da pandemia. Estamos reunindo as equipes da paróquia e vamos reforçar esse trabalho para que as pessoas voltem a frequentar e viver a comunidade”, completou.
O padre atendeu a um pedido do bispo para ficar na comunidade quando o padre Itamar Gonçalves ficou doente, no ano passado. “Eu era muito amigo do Itamar e sabia como ele conduzia seu trabalho. Por isso o bispo me pediu para cuidar da paróquia até que ele voltasse. Infelizmente ele não voltou. Em dezembro fui nomeado para cuidar dessa comunidade pelos próximos seis anos ou até que o bispo entenda que seja hora de mudar”, contou, lembrando o carismático padre Itamar que faleceu em decorrência da Covid-19 em setembro.
ALMOÇO – Outro ponto que tem motivado o padre e a equipe da igreja é a realização dos almoços mensais, que têm sido sucesso de público. E no mês de fevereiro, o almoço acontece amanhã, dia 13. No cardápio tem salada, arroz, farofa de banana, lasanha de frango ao molho branco e lasanha de carne ao molho sugo. Os convites custam R$ 22 (crianças pagam R$ 12) e podem ser adquiridos antecipadamente com os integrantes da equipe da paróquia.
Quem adquire os convites também concorre a prêmios diversos que são sorteados durante o almoço.