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Nova Odessa tem novo lixão clandestino em frente ao Parque Ecológico

Acúmulo de entulho irrita pedestres e moradores que utilizam ponto de ônibus na Avenida Ampelio Gazzetta nas proximidades do zoológico municipal, abandonado há anos

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O descarte irregular de lixo na Avenida Ampelio Gazzetta, em Nova Odessa, está deixando moradores cada vez mais irritados no bairro Mathilde Berzin. Em especial, o trecho em frente ao Zoológico Municipal, que também abriga um ponto de ônibus bastante movimentado, se transformou em um verdadeiro depósito de entulho e resíduos diversos.
A área, que não conta com calçada, tem sido usada frequentemente para o despejo de móveis velhos, restos de construção, sacos de lixo doméstico e até pneus. “Como não tem calçada, o pessoal aproveita para jogar tudo ali. É entulho novo todo dia. Fica feio, perigoso, e ninguém faz nada”, critica o morador Pedro Henrique Cardoso. Ele também aponta outro ponto crítico: “Um pouco acima, ainda na mesma avenida, tem outro local que também virou ponto de descarte de lixo. Está se tornando uma prática comum por aqui”.
A preocupação dos moradores vai além da estética. O lixo acumulado pode atrair animais peçonhentos, como escorpiões e ratos, além de contribuir para o surgimento de focos do mosquito da dengue, problema que afeta a região. O trecho prejudicado também é usado por pedestres que se dirigem ao zoológico ou ao ponto de ônibus, o que aumenta o risco de acidentes e torna a situação ainda mais grave.
Moradores pedem uma resposta efetiva da Prefeitura de Nova Odessa. Eles pedem a remoção imediata dos resíduos, a intensificação da fiscalização e, principalmente, medidas permanentes de prevenção, como a instalação de placas de advertência, lixeiras apropriadas e a construção de calçadas no local.
E no bairro, o que era um espaço de lazer e preservação ambiental em Nova Odessa transformou-se em motivo de indignação para os moradores. Há meses, o Parque Ecológico Isidoro Bordon encontra-se abandonado, com entulho espalhado e um cenário de descaso.
Denúncias apontam que mais de 100 caminhões de entulho foram depositados dentro da represa do bosque, segundo o vereador André Faganello (Podemos). Durante sessão na Câmara, Faganello questionou a origem e a autorização para o descarte dos resíduos. Em resposta, representantes da Prefeitura afirmaram que obtiveram uma dispensa junto ao DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e que foram solicitadas licenças ambientais a órgãos como a Cetesb. No entanto, o destino final do material descartado ainda não é conhecido.
O problema é ainda mais grave porque a obra de revitalização, anunciada pela gestão do prefeito Leitinho (PSD), não foi concluída. A empresa Mauro Terraplenagem e Locação Ltda., contratada para o serviço de desassoreamento com um valor total de R$ 150 mil, recebeu R$ 129,5 mil, mesmo sem ter finalizado os trabalhos.
No dia 13 de março deste ano, o governador Tarcísio de Freitas confirmou a liberação de R$ 1 milhão do FID-SP (Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos) para a reforma do Zoológico Municipal. A Prefeitura também deve aportar uma contrapartida de R$ 203.222,23 para a revitalização da área destinada aos animais, que, embora fechada ao público há anos, ainda abriga dezenas de espécies. Apesar da nova promessa de recursos, a população quer ver a efetividade dos projetos.