Em um cenário regional marcado pelo aumento dos gastos públicos, a Câmara Municipal de Nova Odessa se destacou por adotar uma gestão mais enxuta. De acordo com dados do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, o Legislativo da cidade reduziu suas despesas em mais de R$ 260 mil entre 2023 e 2024 — o oposto do que ocorreu em cidades como Americana, Hortolândia, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré, que registraram elevações expressivas em seus orçamentos.
Segundo o painel “Mapa das Câmaras”, atualizado recentemente pelo TCE-SP, a Câmara de Nova Odessa diminuiu seus gastos de R$ 6,92 milhões em 2023 para R$ 6,65 milhões em 2024. Os valores incluem custos com pessoal, manutenção, contas e aluguel do prédio legislativo.
Essa política de contenção refletiu diretamente na devolução do duodécimo — verba repassada anualmente pela prefeitura para o custeio da Câmara. Em 2023, foram devolvidos R$ 454 mil aos cofres públicos. Já no ano passado, esse valor mais que dobrou: R$ 1,3 milhão retornaram à administração municipal. Nos primeiros quatro meses de 2025, já foram devolvidos mais R$ 590 mil.
O presidente da Câmara no biênio 2023-2024, Wagner Morais, destacou que a medida foi tomada com base na realidade financeira da prefeitura, aliada à responsabilidade diante do ano eleitoral. “Fomos austeros, mas sem comprometer os serviços. Evitamos gastos desnecessários e priorizamos uma gestão eficiente”, afirmou.
Enquanto Nova Odessa enxugava o orçamento, outras cidades da Região do Polo Têxtil tomaram o caminho contrário. Americana elevou seus gastos em mais de R$ 2 milhões; Hortolândia, em R$ 1,7 milhão; Santa Bárbara, quase R$ 2 milhões; e Sumaré, com um salto de R$ 3,1 milhões.
A Câmara de Nova Odessa afirmou ainda que continua focada em manter o equilíbrio fiscal, com contas aprovadas pelo Tribunal de Contas e políticas de gestão que priorizam a boa aplicação dos recursos públicos.