Nova Odessa encerrou o ano de 2021 com a maior taxa de desemprego entre os municípios que compõem a microrregião (Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara e Sumaré) e o único entre os cinco com a taxa em dois dígitos. Os dados foram divulgados nesta semana pelo Departamento de Economia da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas) e mostram que 14,06% da PEA (População Economicamente Ativa) de Nova Odessa terminou o ano passado sem emprego, o que representa quase 6,1 mil moradores.
O percentual registrado em Nova Odessa pelo “Índice de Desemprego”, elaborado pela entidade, é bem maior se comparado com as outras cidades da microrregião e um dos maiores da RMC (Região Metropolitana de Campinas). A que mais se aproxima é Americana, onde 7,47% da população economicamente ativa terminou 2021 sem uma ocupação. Em Hortolândia, a taxa é de 6,94% e em Sumaré, ela fechou o ano passado em 4,81%. A menor taxa de desempregado, de acordo com a associação, foi registrada em Santa Bárbara, onde apenas 1,76% da população economicamente ativa estava sem emprego em dezembro do ano passado.
O economista e diretor da ACIC, Laerte Martins, observa que, mais uma vez, no período acumulado do ano, houve geração positiva de postos de trabalho em Campinas e Região, apesar da eliminação das mais de 7 mil vagas em dezembro. “Friso que a qualidade do emprego tem ficado aquém das especificações e necessidades da mão de obra procurada e que o rendimento médio salarial está em queda, em função do efeito da pandemia”, afirmou o economista e diretor da Acic, Laerte Martins. “Para 2022, a incerteza na geração de Emprego e Renda continua em função, principalmente, da instabilidade econômica e do efeito das eleições presidenciais de outubro e menos devido à pandemia”, completou.
Procurada para comentar os dados da Acic, a Prefeitura não emitiu nenhuma nota até o fechamento desta edição.
Feriados de 2022 impactarão 15% a menos
o Comércio, os Serviços e a Indústria
Levantamento elaborado pelo Departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) mostra que o reflexo negativo dos 19 dias não trabalhados será de cerca de R$ 3,4 milhões, enquanto que, em 2021, este montante chegou a R$ 4 milhões.
Com um número menor de feriados e datas comemorativas em 2022, o Comércio, os Serviços e a Indústria da Região Metropolitana de Campinas (RMC) devem sentir um impacto negativo menor no faturamento, se comparado a 2021, conforme mostra um levantamento elaborado pelo Departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC). No total, a perda pelos dias úteis do comércio fechado nos feriados este ano será de R$ 3,4 milhões, contra R$ 4 milhões, no ano passado, que representam cerca de 15,1% a menos.
Em Campinas, as reduções nos faturamento devem ser de aproximadamente R$ 570 milhões no Comércio e nos Serviços e de R$ 722 milhões na Indústria, o que representa R$ 1,2 bilhão e equivale a 15,6% a menos das perdas em 2021 (R$ 1,5 bilhão). “São dias não trabalhados e nos quais deixarão de ser produzidos e consumidos nos três setores avaliados, em Campinas e Região”, explica o economista e diretor da ACIC Laerte Martins.
Este levantamento levou em consideração os feriados nacionais, estaduais e municipais, totalizando 13 dias, e seis extensões (prolongamentos de feriados, chamados popularmente de emendas), o que resulta em 19 dias corridos não trabalhados este ano, contra os 23 dias em 2021.