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Vigilância Epidemiológica de Nova Odessa registra primeiros casos de dengue em 2021

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Não é só a pandemia de Covid-19 que atormenta e exige cuidados por parte da população e atenção do Poder Público. O município de Nova Odessa registrou nessa semana os primeiros três casos de dengue em 2021. Duas mulheres, uma de 32 anos do Jardim Novos Horizontes e outra de 65 anos do Jardim São Manoel, e um homem de 45 anos, morador do Jardim Maria Helena, tiveram exames positivos para doença viral, transmitida pela fêmea adulta do mosquito Aedes aegypti. Eles contraíram a doença dentro do município (ou seja, são casos autóctones).

De acordo com a coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica de Nova Odessa, Paula Mestriner, o Programa de Controle da Dengue já está adotando as medidas preventivas necessárias, como as vistorias nas residências no entorno das casas destes pacientes, para eliminação de possíveis criadouros do mosquito e orientação dos moradores.

“Neste ano, até agora, registramos 10 notificações (de suspeitas de dengue), e em três delas os resultados dos exames de sangue deram positivo. O trabalho de bloqueio já foi iniciado em todos estes casos. Todas as casas onde registramos os casos serão vistoriadas e os possíveis criadouros serão retirados. Os vizinhos também receberão visitas e orientações sobre a doença, que pode levar a morte”, explicou Paula.

No trabalho constante de combate ao mosquito Aedes aegypti, as equipe de Zoonoses da Prefeitura realizaram no dia 06 de fevereiro um arrastão no Jardim Nossa Senhora de Fátima, no qual oi retirado um caminhão carregado de criadouros. Durante a ação, foram vistoriadas 200 residências.

O Aedes aegypti é transmissor não só do vírus da dengue, mas também dos da febre amarela, chikungunya e zika. “É importante ressaltar que não podemos nos esquecer de combater o mosquito. A ocorrência de chuvas e temperaturas altas cria um clima propício para proliferação do Aedes aegypti. Por isso, a população tem que ser aliada na eliminação de recipientes que acumulam água, principalmente os pequenos depósitos, como potes, latas, pneus, plásticos, entre outros. Uma simples tampa de refrigerante com água parada pode ser o local escolhido pela fêmea para colocar seus ovos”, ressalta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica.

ÍNDICE

A Prefeitura de Nova Odessa realizou no mês de janeiro o levantamento do Índice de Breteau, que avalia a infestação de larvas do mosquito Aedes aegypti. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, o índice registrado em janeiro foi de 0,3. Das 587 residências vistoriadas, em apenas seis delas foram encontrados larvas do mosquito.

O Ministério da Saúde, a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) e a OMS (Organização Mundial da Saúde) estabelecem que Índices de Breteau entre um e três trazem baixo risco de epidemia de dengue.

Apesar do índice apontar a ausência de risco para uma epidemia de dengue no município, a encarregada do setor de Zoonoses alerta que o trabalho no combate à doença não pode parar e destaca a necessidade da retirada dos criadouros do mosquito Aedes aegypti dos imóveis.
Em Nova Odessa, os recipientes mais encontrados pelas equipes de combate à dengue da Secretaria de Saúde são aqueles ligados à cultura da manutenção de plantas, como vasos, pratos de plantas e bromélias. “Houve ainda uma grande quantidade de materiais inservíveis, como recipientes plásticos, latas e pneus”, acrescentou Paula.

No ano passado, Nova Odessa registrou 339 casos positivos e 925 em 2019. Foram 5 casos positivos em janeiro de 2020. Também foram realizadas 2.516 visitas casa a casa apenas em janeiro deste ano.