in

Taxa de letalidade em Nova Odessa supera a média nacional e estadual

Município ultrapassou nesta semana a triste marca de 200 vidas perdidas em razão das complicações causadas pelo novo coronavírus ao longo dos 17 meses da pandemia

taxa-de-letalidade-em-nova-odessa-supera-a-media-nacional-e-estadual-jno
Na segunda-feira, haviam 10 pacientes internados na UR do Alvorada, oito na nova ala respiratória do Hospital Municipal e 33 em UTIs de hospitais de outras cidades da região e do Estado (igual).

A taxa de letalidade por Covid-19 em Nova Odessa está acima das médias nacional e estadual e é a maior entre os municípios que integram a microrregião, isso com base no boletim divulgado pelas prefeituras e governos federal e estadual na última segunda-feira (28). Na ocasião, o Paraíso do Verde ultrapassou a triste marca de 200 vidas perdidas em razão de complicações causadas pelo novo coronavírus ao longo dos 17 meses de pandemia e somava 5.492 casos da doença, o que representa uma taxa de 3,6%. No Estado, o índice é de 3,4% e no País, 2,7%.

Americana, por exemplo, tem a menor taxa entre as cidades vizinhas (3%), seguida por Hortolândia (3,2%), Santa Bárbara e Sumaré – nas duas, a taxa de letalidade é de 3,2%. Embora o maior da microrregião, o índice em Nova Odessa já chegou a 4% no final de maio. A taxa de letalidade avalia o número de mortes em relação às pessoas que apresentam a doença ativa, e não em relação à população toda, ou seja, mede a porcentagem de pessoas infectadas que evoluem para óbito.

“Não devemos acreditar que os avanços na campanha de vacinação irão, a curto prazo, nos tirar da situação crítica enfrentada pela região hoje. Trata-se de uma boa expectativa de melhora da situação para o fim deste ano de 2021, caso o ritmo de fornecimento de vacinas aumente, conforme está previsto pelo Ministério da Saúde. Até lá o caminho é longo e as medidas não farmacológicas continuarão sendo extremamente necessárias”, traz trecho do boletim divulgado pelo Observatório Covid-19 da PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica).

PREFEITURA

Segundo a enfermeira Paula Mestriner, coordenadora da Vigilância Epidemiológica Municipal, os 200 óbitos registrados até agora se referem aos casos ocorridos no município de Nova Odessa, porém, desse total, 189 óbitos se referem a moradores da cidade. Isto porque esse total inclui 9 óbitos de moradores de Sumaré e 2 óbitos de moradores de Morungaba que faleceram aqui em Nova Odessa. “Assim, a taxa de letalidade de moradores da cidade pela Covid-19 é idêntica à do Estado como um todo”, justifica a prefeitura.

“Todas as pessoas atendidas na cidade recebem o melhor tratamento possível, e nisso inclui-se a coleta de exames, o envio ao laboratório de referência, a alimentação dos Sistemas de Informação, até o desfecho final do caso. Por isso a Vigilância Epidemiológica local informa o total de casos, que não necessariamente correspondem apenas a munícipes (uma vez que o SUS não tem fronteiras). Se levarmos em consideração o total dos óbitos que ocorreram em nosso município, a taxa de letalidade é realmente 3,6. Mas, se levarmos em consideração apenas os moradores da cidade que faleceram aqui e também em outros municípios, a taxa é exatamente a mesma do Estado, de 3,4 – e que geralmente é a divulgada pelos demais municípios”, explicou a especialista.

Desses 200 casos fatais, segundo a prefeitura, 96 óbitos ocorreram em Nova Odessa (incluindo os 11 óbitos de moradores de fora), 32 em Americana, 28 em Campinas, 17 na Grande São Paulo, 13 em Sumaré, 8 em Santa Bárbara d’Oeste, 2 em Amparo, 2 fora do Estado, uma em Paulínia e uma em Jaguariúna.

Ainda segundo a prefeitura, “o Município segue fazendo tudo ao seu alcance para garantir as condições de atendimento aos pacientes pela Rede Municipal de Saúde. Não há falta de leitos de baixa e média complexidade nem de respiradores na cidade. No entanto, os leitos de alta complexidade em hospitais da região continuam em situação crítica, e Nova Odessa depende integralmente do Estado, através da CROSS, para obter estas vagas de UTI para seus moradores”.