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Saúde restringe atendimento da UBS VII e causa reclamações

Vereador Wagner Morais questiona atendimento somente para moradores do bairro Nossa Senhora de Fátima

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Última unidade básica de saúde inaugurada em Nova Odessa, a UBS “Abiganilda Chrisóstomo Belini” (UBS VII) é a maior da cidade. Os atendimentos no local começaram em abril, porém a decisão da Secretaria de Saúde de restringir o público atendido aos moradores do Jardim Nossa Senhora de Fátima motivou reclamações e um abaixo-assinado entregue ao vereador Wagner Morais na Câmara.
Os moradores apontam que, inicialmente, a prefeitura informou que a unidade atenderia moradores dos bairros Santa Luiza, Parque Triunfo, Terra Nova Fibra, além do Jardim Nossa Senhora de Fátima.
Porém, desde que entrou em funcionamento, a UBS atende apenas moradores do Jardim Nossa Senhora de Fátima, pacientes da infectologia e os pacientes que eram atendidos no CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial).
O abaixo-assinado entregue ao vereador conta com 284 assinaturas que manifestam a necessidade de serem atendidos na UBS VII por ser a mais próxima de todos os bairros citados e ter capacidade física para atendê-los.
No documento, os moradores solicitam ainda que a unidade passe a funcionar realmente como uma UBS, com atendimento de consultas, exames, acompanhamento médico, aplicação de vacinas e entrega de medicamentos.
Informam ainda que o atendimento da infectologia e do CAPS no local causa aglomeração e transtorno.
A referida UBS é a sétima unidade básica de saúde do município e recebeu investimentos na ordem de R$ 3 milhões pelo Programa Saúde em Ação, do Governo do Estado de São Paulo, e tem 860 metros de área construída.
Em material divulgado pela prefeitura em 2020, a informação era de que a unidade iria “atender os moradores dos bairros Triunfo, Terra Nova, Fibra, Santa Luiza I e II e, claro, do próprio Nossa Senhora de Fátima”. Ainda consta no mesmo texto que “É a maior UBS de Nova Odessa, com amplos consultórios, sala de vacina, sala para dispensa de medicamentos, enfermaria”.
“A não utilização da unidade como uma UBS em sua totalidade de serviços desvirtua a finalidade do programa Saúde em Ação”, explicou o vereador no texto do requerimento protocolado na Câmara. “Além disso, deixar de atender os moradores de toda aquela região é um desrespeito com eles, que têm a maior UBS próxima de suas casas e precisam se deslocar para mais longe para ter o atendimento”, completou.
Na propositura o parlamentar questiona a prefeitura sobre quais atendimentos são oferecidos hoje na UBS, quantos pacientes são atendidos por dia, qual é a área territorial dimensionada no referido projeto da unidade e informada ao Programa Saúde em Ação, de quais bairros são os pacientes atendidos atualmente na unidade e por que o atendimento do CAPS foi levado para a UBS.
À Diretoria Regional de Saúde de Campinas, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, Morais pergunta como é feita a fiscalização das unidades do Programa Saúde em Ação e se há penalidades para o município em caso de descumprimento da finalidade.
O requerimento está na pauta da sessão da próxima segunda-feira.