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RMC retoma barreiras sanitárias e reforço na fiscalização contra festas clandestinas

Preocupados com o aumento no número de casos, internações e mortes por conta da pandemia, prefeitos decidiram repetir ação realizada entre o final de março e início de abril

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Os municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas) retomaram, já nesta quarta-feira, as barreiras sanitárias nas entradas das cidades e o reforço na fiscalização contra festas clandestinas em chácaras com objetivo de tentar reduzir a circulação de pessoas ao longo deste feriado prolongado de Corpus Christi. Preocupados com o aumento no número de casos, internações e mortes por conta da pandemia da Covid-19, os prefeitos que integram o Conselho de Desenvolvimento se reuniram, de maneira extraordinária e virtual, na manhã da última terça-feira para discutir o assunto.

As barreiras seguirão sendo realizadas até domingo (6). As Administrações também vão intensificar o trabalho de conscientização junto à população e, caso os números não retrocedam, os prefeitos poderão se reunir novamente já no início da próxima semana para discutir a adoção de medidas mais restritivas.

Os detalhes das barreiras sanitárias e do trabalho de fiscalização contra festas clandestinas foram acertados ontem, em uma reunião virtual com secretários e diretores ligados à área da segurança de cada um dos 20 municípios, promovida pela Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas). Representantes da Polícia Militar e da Polícia Civil também participaram.

A ideia é que o trabalho seja semelhante ao realizado entre os dias 26 de março e 4 de abril em toda a RMC – período que coincidiu com o “megaferiado” anunciado, na ocasião, pela Prefeitura de São Paulo – quando as vigilâncias sanitárias e guardas municipais de cada cidade, com apoio da Polícia Militar, promoveram as barreiras em determinados horários do dia e da noite com objetivo de abordar veículos com placas de fora da região, além de aferir a temperatura das pessoas. O trabalho foi chamado de “cinturão regional”.

“Existe uma preocupação grande por conta do recente aumento no número de casos, internações e mortes nas cidades da Região Metropolitana de Campinas. E está bem claro para os prefeitos que o problema não são os restaurantes, o comércio de uma forma geral. O grande problema são as festas clandestinas, em sua maioria, realizadas em chácaras, e até mesmo as reuniões familiares com grande número de pessoas”, explicou o diretor-executivo da Agemcamp, Benjamim Bill Vieira de Souza.

O prefeito de Jaguariúna e presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC, Gustavo Reis, alertou para a possibilidade de adoção de medidas mais restritivas já na próxima semana, caso os números regionais não retrocedam. “Algumas cidades, como Hortolândia e Valinhos, por exemplo, estão registrando um aumento muito grande nos casos e nas internações. Em Hortolândia, o número diário de consultas na unidade respiratória passou de 50 para 170, com todos os leitos Covid ocupados. O cenário em vários outros municípios é o mesmo. Então, caso não haja uma melhora rápida, teremos que discutir medidas mais duras, assim como fizeram outras regiões do Estado”, disse o presidente do colegiado.