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Representantes dos Correios não comparecem a debate

O debate foi sobre a baixa qualidade dos serviços prestados ao município

A baixa qualidade dos serviços prestados pelos Correios de Nova Odessa foi tema do debate realizado ontem, dia 7, na Câmara de Vereadores. O debate foi convocado pelo vereador Tiãozinho do Klavin (PMDB), proponente, inclusive, do debate realizado em agosto de 2016, que os representantes da agência, também, não compareceram.
Antes da recusa da superintendência dos Correios ao convite para o debate, o vereador já havia se mostrado insatisfeito com a falta de comprometimento da agência em solucionar os problemas. “Já protocolamos vários documentos na Câmara pedindo informação sobre melhorias, já fomos até o escritório deles na cidade de Bauru, já cobramos, já imploramos, agora chega”, disse o vereador na ocasião.
E durante o debate, não faltaram críticas ao “desserviço” da empresa, como lembrou o vereador Vagner Barilon (PSDB). Já o secretário de Governo, Wagner Morais, que representava a administração municipal, recordou-se dos tempos de “eficiência” da agência. “O cidadão de bem é o mais afetado com isso. Acho importante que o tema tenha sido levantando pelo nobre vereador. Você olhava para os Correios e via o ícone do serviço bem prestado no Brasil”, contou o secretário.
Ele ainda ponderou que é preciso unir forças para solucionar os problemas envolvendo a empresa. Já para o vereador Tiago Lobo, a agência tem o dever de prestar um serviço de qualidade. “É obrigação do órgão de fazer um esforço de, no mínimo, prestar um bom serviço. Os Correios não trabalham de graça”, opinou ele.
O vereador Antonio Alves (PT) foi mais taxativo. “Estamos discutindo um serviço que no momento nem existe”, disse ele em relação ao fechamento da agência por conta do último assalto.
Mostrando sua indignação, o vereador Elvis Pelé (PSB), chegou a se exaltar ao lamentar os serviços oferecidos pelos Correios. A vereadora Carol Moura (Podemos) leu, durante sua fala, vários comentários que munícipes fizeram em sua página no Facebook. “Eu não vejo carteiro desde o carnaval”, foi um dos vários comentários.
Também estiveram no debate, Rafael Brocchi, representante da Acino, e o secretário de Assuntos Jurídicos, doutor Demetrius Gomes. A solução, para o advogado, seria uma representação contra a empresa. “O município propor uma ação civil pública pleiteando liminarmente que os Correios sejam obrigados a prestar os serviços públicos que a ele compete, observando os prazos e a segurança de seus funcionários e da população”, finalizou o secretário.
Justificativa
Em ofício enviado à presidente da Câmara, Carla Furini de Lucena, o superintendente Estadual de Operações de São Paulo, Wilson Abadio de Oliveira, justificou a ausência de um representante da agência no debate. “Os assuntos reportados no requerimento envolvem dimensão que extrapola o nível de competência do gerente da Agência de Correios local, tais como, políticas internas corporativas afetas aos serviços e operações de atendimento e distribuição dos Correios. Isto posto, não vislumbramos condições possíveis de participação do convidado”.