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Procon de Nova Odessa pede para USP mapear alta abusiva no preço dos alimentos

Com o levantamento, José Pereira quer apurar o eventual aumento abusivo de preços em supermercados do município

O diretor do Procon de Nova Odessa, advogado José Pereira, pediu o mapeamento da cadeia de produção e distribuição de produtos alimentícios como arroz, feijão, ovos, alho, leite e farinha de trigo ao Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), órgão vinculado à Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’/Universidade de São Paulo), de Piracicaba. Com o levantamento, José Pereira quer apurar o eventual aumento abusivo de preços em supermercados do município.

O pedido foi formalizado na quinta-feira (22) ao Cepea, por meio de ofício entregue ao vice-diretor da Esalq, João Roberto Spotti Lopes. No documento, o diretor do Procon novaodessense aponta que a elevação começou a ser notada a partir de 19 de março, com o início do isolamento social decretado pelo governador do Estado, João Doria.

Em ações de fiscalização em supermercados de Nova Odessa, o diretor do Procon tem acusado valores acima da média de mercado, além da falta de produtos. Em um dos casos, o preço do quilo de feijão caiu 9% (de R$ 5,49% para R$ 4,99) em menos de uma semana.

“Recorremos ao ‘know-how’ do Cepea, que é especializado no acompanhamento de preços de produtos agropecuários, uma vez que as redes varejistas acusam os fornecedores de promoverem aumentos e dificultarem a reposição dos estoques. A partir da análise de toda a cadeia produtiva, será possível verificar onde está ocorrendo a elevação”, disse Pereira.

Vinculado ao Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada é especializado em pesquisas sobre a dinâmica das cadeias produtivas e o funcionamento do agronegócio, com a identificação das estruturas regionais de produção e a venda da produção a atacadistas. O órgão divulga mensalmente índices de preços de grãos, produtos pecuários e hortifrutícolas.