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Pressionado, Nivaldo desiste de restringir atendimento na UBS 7

Apenas moradores do Jardim Nossa Senhora de Fátima vinham sendo atendidos na unidade, que foi construída para receber pacientes de outros cinco bairros localizados naquela região

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Após forte pressão popular e da Câmara de Vereadores, o secretário de Saúde, Nivaldo Luís Rodrigues, desistiu de restringir o atendimento na Unidade Básica de Saúde “Abiganilda Chrisóstomo Belini” (UBS 7) apenas aos moradores do Jardim Nossa Senhora de Fátima, bairro onde está localizada e como vinha acontecendo desde abril, quando a maior UBS da cidade começou a funcionar. Foram diversas reclamações e até mesmo um abaixo-assinado com quase 300 assinaturas de moradores do Santa Luiza I e II, Terra Nova, Residencial Fibra e Residencial Triunfo, bairros contemplados na proposta original. Na última sexta-feira, a Prefeitura anunciou que o território de atendimento será mantido e os pacientes destes cinco bairros já poderão procurar a UBS a partir do dia 16.

A Secretaria de Saúde havia recebido as chaves da unidade em junho de 2020. A sétima Unidade Básica de Saúde do município recebeu investimentos na ordem de R$ 3 milhões do governo estadual e tem 860 metros quadrados de construção. Dentro do Programa “Saúde em Ação”, o Estado também ficou responsável pela aquisição de todos os móveis e equipamentos e pelo treinamento da equipe que vai atuar na Unidade. À Prefeitura de Nova Odessa, coube agora, em 2021, a relocação dos profissionais.

Contudo, desde que abriu as portas, a unidade vinha atendendo apenas os moradores do Jardim Nossa Senhora de Fátima. Um abaixo-assinado com quase 300 assinaturas foi entregue ao vereador Wagner Morais (PSDB), de moradores do Triunfo, Santa Luiza I e II, Terra Nova e Fibra insatisfeitos com a decisão da Secretaria de Saúde. No documento, os moradores solicitam ainda que a unidade passe a funcionar realmente como uma UBS, com atendimento de consultas, exames, acompanhamento médico, aplicação de vacinas e entrega de medicamentos.

“A não utilização da unidade como uma UBS em sua totalidade de serviços desvirtua a finalidade do programa Saúde em Ação”, explicou o vereador, em requerimento aprovado pela Câmara no final de junho. “Além disso, deixar de atender os moradores de toda aquela região é um desrespeito com eles, que têm a maior UBS próxima de suas casas e precisam se deslocar para mais longe para ter o atendimento”, completou Morais.

 

RECUOU.

Em comunicado na sexta-feira, a Secretaria de Saúde afirmou que o atendimento será “ampliado”. “A UBS VII estava pronta e equipada desde 2020, mas permanecia fechada devido à falta de orçamento para a contratação de profissionais. Em contrapartida, havia um imóvel alugado para o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), porém o mesmo estava desabilitado e não atendia as exigências para a realização dos serviços”, lembrou a Secretaria de Saúde. “Como não tínhamos orçamento para o local, unimos a equipe do CAPS (que não era habilitado como CAPS), deixamos de pagar o aluguel de um imóvel não adequado e colocamos para funcionar a nova Unidade, que estava pronta, com mobília e equipamentos novos, sem deixar de fazer os atendimentos já existentes no CAPS desabilitado”, explicou o secretário de Saúde.