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Prefeitura de Nova Odessa multa empresa em R$ 5 mil por sujeira em área

Secretaria de Meio Ambiente autua dono de terreno onde havia fábrica por mato alto e lixo

Depois de seguidas notificações e uma multa inicial de R$ 500, a Secretaria de Meio Ambiente de Nova Odessa autuou esta semana em R$ 5 mil o proprietário de uma área no jardim São Jorge, onde funcionava uma fábrica de travesseiros e que gera diversas reclamações de moradores próximos, devido ao mato alto e o descarte indevido de resíduos, que proporcionam o aparecimento de animais peçonhentos.

A Prefeitura chegou a realizar a limpeza da área próxima ao Ribeirão Quilombo e cujo estabelecimento foi demolido para, no futuro, dar lugar a um empreendimento imobiliário. “Falta acordo do dono da área com a construtora. Mas a Prefeitura faz a parte dela, de fiscalizar e cobrar a limpeza da área, para não prejudicar os moradores”, explica o secretário de Meio Ambiente, Edson Barros de Souza, o Nenê Gás.

A fábrica ficava na rua Porto Alegre e a desativação ocorreu em agosto de 2016. Desde então houve problemas com mato alto e o descarte irregular de lixo e entulhos, que aumentam o risco de aparecimento de animais peçonhentos. Além disso, munícipes reclamavam da circulação de usuários de drogas pelo local. A Prefeitura também acompanhou a remoção de árvores e catalogou todo o processo.

“Continuaram muitas reclamações do local: mato alto, descarte de resíduos, pernilongos, escorpiões e baratas”, detalha a diretora de Meio Ambiente, Fernanda Dagrela. Fiscais haviam notificado a empresa em outubro passado, com prazo. Após descumprimento, veio a autuação em R$ 500. Depois, novo aviso e prazo. “Agora multamos em R$ 5 mil pela reincidência. E serão quantos mais for preciso”, completa.

Resposta aos moradores

Desde que foi desativada, há quase três anos, a fábrica havia se tornado motivo de descontentamento de moradores do local. Um dos problemas relatados pelos moradores, era a depredação do espaço. “Nosso maior problema era com os furtos constantes, levaram portas, janelas, telhas, maçanetas e até o alambrado. Mas quando ficamos sabendo que o que restou da fábrica seria demolido, achamos que os problemas teriam uma solução, mas não foi o que aconteceu, os escombros permanecem no local e os transtornos continuam”, relatou uma vizinha na época.

Os moradores ainda relatavam problemas com mato alto, descarte irregular de lixo, proliferação de animais peçonhentos, uso do espaço para consumo de drogas e mau cheiro. A situação foi alvo de sete matérias publicadas no JNO, a última publicada em outubro de 2018, na ocasião, um morador chegou a pedir que a administração municipal multasse o proprietário. “Se a Prefeitura multasse o dono, certamente o problema seria solucionado, as coisas só são resolvidas quando pesa no bolso”, opinou ele.