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Prefeitura cria mais 4 salas de educação especial e passa a atender 140 crianças

A partir de março, quatro novas salas entram em funcionamento na rede

A Prefeitura de Nova Odessa, por meio da Secretaria de Educação, está ampliando o atendimento especializado a alunos com autismo e deficiência intelectual. A partir de março, quatro novas salas entram em funcionamento na rede, elevando para 12 o número de espaços dedicados à educação inclusiva e aumentando de 90 para 140 alunos atendidos.

As novas salas de atendimento especializado vão funcionar na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Paulo Azenha, na Vila Azenha, duas na Emefei (Escola Municipal de Ensino Fundamental e Educação Infantil) Simão Welsh, no jardim Santa Rita 2, além de uma sala de itinerância, que se deslocará para o atendimento na rede, conforme a necessidade.

Com a nova sala, a Emef Paulo Azenha – que concentra o atendimento de alunos com autismo no  município – contará com duas salas especializadas. A abertura dos espaços levará o atendimento à Emefei Simão Welsh, com foco em crianças com deficiência intelectual, além de criar uma sala itinerante. A secretária de Educação de Nova Odessa, Claudicir Brazilino Picolo, destacou a complexidade da estrutura dedica à educação inclusiva no município. “Nosso atendimento é personalizado, individualizado e voltado à aprendizagem da criança”, explicou Claudicir. “Às vezes, o mesmo problema exige atendimentos diferentes”.

A estrutura da rede municipal ainda conta com o Núcleo de Atendimento Psicopedagógico e um centro de atendimento na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que oferece atendimento multidisciplinar com fonoaudiólogos, psicopedagogos, psiquiatras e terapeutas ocupacionais. “Esses órgãos são fundamentais na identificação das deficiências e no encaminhamento necessário para cada criança”, explicou Claudicir.

Além da Apae, a Prefeitura mantém convênios com o CPC (Centro de Prevenção à Cegueira) de Americana, para atenção a alunos com perda visual e o Disapre (Laboratório de Pesquisa em Dificuldades, Distúrbios de Aprendizagem e Transtornos da Atenção), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). As outras salas especiais funcionam nas Emefs Augustina Maria Adamson, no Jardim São Jorge; Salime Abdo, no Jardim Alvorada; e Dante Gazzetta, no Centro.

A guinada de Nova Odessa na educação inclusiva teve início em 2013, primeiro ano da gestão do prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza. “Quando iniciamos o trabalho, o município não contava com nenhuma sala, apesar de o programa federal existir desde 2003”, conta Claudicir. “Nós fomos a Brasília, fizemos todo processo de regulamentação e estruturação do serviço e começamos no ano seguinte, com duas salas”, lembra a secretária.

No ano passado, a secretaria fechou o ano com oito salas especiais de atendimento especializado, com 90 alunos atendidos. O incremento de novas salas em 2019 permitirá o aumento de 55,5% no número de crianças atendidas. Todas contam com transporte custeado pela prefeitura e todas as etapas do atendimento são acompanhadas pela família.

Compõem a equipe multidisciplinar de educação especial da Secretaria de Educação de Nova Odessa a psicopedagoga Ana Claudia Dextro Mauerberg, as professoras Ariana Regina das Dores, especialista em autismo; Rita de Cássia Alves Matuda, pedagoga especializada em deficiência intelectual; e Elaine Pin Torricelli, pedagoga especializada em deficiência intelectual e neuropsicopedagogia. “É um trabalho de formiguinha. São pequenos avanços no dia a dia, mas que, para a criança, são grandes conquistas”, definiu Ariana.

RECONHECIMENTO

A excelência de Nova Odessa em educação especial foi reconhecida no ano passado pelo projeto Diversa, iniciativa do Instituto Rodrigo Mendes, em parceria com o Ministério da Educação, em apoio a redes de ensino dedicadas ao atendimento de estudantes com deficiência. Nova Odessa foi escolhida dentre 17 projetos inscritos em todo país.

O Instituto Rodrigo Mendes é uma organização sem fins lucrativos que desenvolve programas de educação inclusiva desde 1994. Ao longo de sua história, se aproximou da realidade das escolas públicas brasileiras e iniciou um programa de formação continuada, desenvolvido em parceria com secretarias de educação.