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Pela terceira vez em menos de um ano, caso Divair é usado em pedido de cassação na Câmara de Nova Odessa

Documento foi protocolado pelo blogueiro Eduardo Luiz da Silva Mota, condenado no ano passado por difamar o prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza

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deve avaliar na próxima semana mais um pedido de cassação contra o prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza (PSDB). É o terceiro seguido em menos de um ano, todos com o mesmo motivo: o caso da internação do pastor Divair Moreira, que faleceu em abril de 2015. Os pedidos anteriores foram arquivados pelo Legislativo por inconsistência. Em julho, ao analisar as duas denúncias, o vereador Élvis Ricardo Garcia, o ‘Pelé’, líder do governo na Câmara, classificou a ofensiva, protagonizada por opositores da Administração Municipal, como ‘fábrica de denúncias’ contra o chefe do Executivo.

O denunciante da vez é o blogueiro e ex-coordenador de Esportes do município, Eduardo Luiz da Silva Mota. No documento, protocolado na última sexta-feira (28) na Câmara Municipal, ele repete os mesmos argumentos usados por seus antecessores e questiona o custeio pela Prefeitura de despesas médicas do pastor em uma clínica de Americana. O denunciante ignora o fato de não haver dano ao erário, uma vez que o prefeito devolveu espontaneamente o valor gasto aos cofres públicos municipais. Mota é crítico declarado à gestão e aos atos do prefeito Bill.

Por não conseguir provar o que fala, já sofreu duas condenações nos últimos 12 meses. Em julho, foi condenado a 4 meses e 20 dias de detenção pela Justiça de Nova Odessa por difamação a uma professora da rede municipal. No ano passado, ele já havia sido sentenciado à mesma pena por difamar o chefe do Poder Executivo. Ele recorreu ao Colégio Recursal (órgão vinculado ao Tribunal de Justiça), mas a decisão foi mantida. Nas duas sentenças, a pena privativa de liberdade foi substituída por uma restritiva de direitos, que consiste no pagamento de multa no valor de três salários mínimos (R$ 3.135). Ainda cabem recursos.

Para o prefeito, o pedido é mais um episódio da perseguição política deflagrada contra ele usando o nome do pastor. “Mais uma vez, é importante ressaltar que não houve nenhum prejuízo à Administração e eu, de livre e espontânea vontade, já devolvi o dinheiro à Prefeitura. Esse é o terceiro pedido com o mesmo assunto e a única novidade agora é que foi feito por uma pessoa que me persegue politicamente desde 2013 e que, inclusive, já foi condenado a prisão pela Justiça por difamação contra mim. Então, acho que não preciso dizer mais nada a esse respeito. Lamento, mais uma vez, que o nome do querido e saudoso pastor Divair siga sendo usado pelos nossos adversários. Divair foi um homem que sempre fez o bem e merece todo respeito”, comentou Bill. Os pedidos de cassação anteriores foram apresentados em outubro do ano passado, pelo ex-vereador Nivaldo Luís Rodrigues, conhecido como ‘Dr. Nivaldo’, que se declarou pré-candidato a prefeito em 2020; e em julho desde ano, pelo pastor Aparecido Siqueira.

Ambos foram discutidos pelos parlamentares e arquivados. Devido à semelhança textual entre os documentos, o vereador Pelé afirmou que estava claro que “existe uma mesma pessoa montando essas representações e captando laranjas para assiná-las”. Na ocasião, o líder do governo emendou: “se existe algum crime neste documento, é o crime de plágio, já que um é exatamente igual ao outro”