in

Pacientes esperam mais de 2h por uma consulta no Hospital Municipal

Secretaria de Saúde afirmou que demora no atendimento se deve a onda de gripe, ‘retorno’ do feriado e também foi causada por pessoas que procuram a unidade apenas atrás de atestado médico

pacientes-esperam-mais-de-2h-por-uma-consulta-no-hospital-municipal-jno

Uma série de fatores extraordinários – entre eles um surto nacional de gripe causado pelo vírus Influenza A H3N2 – fez com que a procura por atendimento médico no Pronto Atendimento do HMNO (Hospital e Maternidade Municipal de Nova Odessa) aumentasse neste dia 03/01 em cerca de 40% com relação a uma segunda-feira “normal”, que já são dias de grande fluxo na unidade, apontou a Secretaria Municipal de Saúde.

Por isso, o prazo de espera entre a classificação de risco e a consulta com o médico superou as 2h na manhã desta segunda-feira, e uma série de medidas foram tomadas pela gestão ao longo do dia para reduzir esse tempo de espera. Segundo a imprensa regional, situações semelhantes foram registradas em muitas cidades da região.

Segundo o secretário Silvio Corsini, este aumento na procura por pacientes de síndrome gripal vem sendo registrado desde o último sábado, dia 1º de janeiro – mas ele não responde sozinho pela situação desta segunda-feira, 03/01.

“Está 40% acima da média das segundas-feiras – que historicamente já é a mais alta. Está tendo sim um aumento na procura de pacientes com síndrome gripal, agravado agora pela chegada da nova variante da gripe comum, a H3N2, cujo contágio e disseminação são muito mais rápidos que da H1N1. A situação vem se mantendo desde sábado (1º/01), quando tivemos aqui um atendimento típico de uma segunda-feira, um aumento expressivo”, explicou.

“Mas, das 7h às 14h de hoje (03/01), foram realizados 218 atendimentos no HMNO. Desse total, 120 atendimentos por clínicos foram por outras razões (que não gripe), e 98 deles por síndrome gripal. Ou seja, cerca de 40% são atendimentos de síndrome gripal, mas a maior parte, cerca de 60%, por outras patologias”, acrescentou o secretário.

De fato, desse total de pacientes com sintomas respiratórios, apenas dez testaram positivo para Covid-19, confirmando a prevalência de casos de gripe (muito provavelmente de H3N2).

 

RAZÕES?

Dentre as outras razões para o grande fluxo de pessoas no Pronto Atendimento, Corsini aponta o fato de ser uma segunda-feira (o dia comumente mais movimentado no serviço), o primeiro dia útil do ano e a “volta” de um feriado prolongado para muitos trabalhadores. Por fim, ele elencou a “busca por atestados médicos”.

“Num dia normal, exceto nas segundas-feiras, fazemos de 200 a 220 atendimentos no Pronto Atendimento do Hospital em 24h. Nas segundas-feiras ‘normais’, esse total já aumenta para 300 a 330. Hoje (03/01), a projeção é de fazermos de 420 a 450 atendimentos em 24h”, apontou.

O mesmo acontece na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Alvorada, que vem atendendo pacientes de livre demanda, “desafogando” assim o HMNO. Nesta segunda, das 7h às 13h, foram 80 atendimentos de clínico na UBS 5, com uma projeção de 200 pacientes até o final do dia.

Segundo o secretário de Saúde, cerca de seis de cada dez atendimentos por outras patologias são “pessoas em busca de atestado médico, ou seja, gente que não precisaria estar em um pronto-socorro de hospital”.

O secretário lamentou que muitos pacientes estão procurando o HMNO desnecessariamente acompanhados, indo contra a orientação dos serviços de Saúde em geral desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020.

Por fim, Corsini pede que as pessoas mantenham as medidas de distanciamento social e uso constante de máscaras, válidas também contra a Covid-19.