Nova Odessa tem o mês de fevereiro mais chuvoso em pelo menos 19 anos

Entre o dia 1º de fevereiro e a manhã desta quinta-feira (27), o instrumento de medição acusou 274,2 milímetros de chuvas

A dois dias de chegar ao fim, o mês de fevereiro já é o mais chuvoso dos últimos 20 anos em Nova Odessa, de acordo com dados aferidos pelo pluviômetro instalado na ETA (Estação de Tratamento de Água) da Coden Ambiental, empresa responsável pelos serviços de água, esgoto e manejo de resíduos sólidos no município.

Entre o dia 1º de fevereiro e a manhã desta quinta-feira (27), o instrumento de medição acusou 274,2 milímetros de chuvas. O índice supera em 27,5 mm o volume registrado no segundo mês de 2015, quando o município – em meio à crise hídrica – acumulou 246,7 mm. A Coden monitora os índices pluviométricos no município desde 2002.

Nesses 27 dias, já choveu mais que o dobro em relação a fevereiro do ano passado, quando o município recebeu 101,5 milímetros em 28 dias.

Na manhã desta quinta, o pluviômetro marcou acúmulo de 31,3 milímetros desde a manhã do dia anterior. Apesar de significativo, segundo dados da Coden Ambiental, o volume é apenas o quinto maior do mês registrado em um único dia. As chuvas mais volumosas ocorreram nos dias 11 (56,3 mm), 5 (43,8 mm), 4 (36,6 mm) e 21 (34,9 mm).

As chuvas que atingiram Nova Odessa nos últimos dias não têm provocado transtornos no município, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil. Apenas nos últimos cinco dias, foram 90 mm. “Estamos monitorando todas as áreas de risco da cidade e até agora está tudo sob controle. O Ribeirão Quilombo tem absorvido com tranquilidade as precipitações e segue bem abaixo do nível da calha. O grande problema são as chuvas fortes, com grande volume em pouco tempo de duração”, explicou o coordenador do órgão, Paulo Bichof.

A última vez que o Quilombo transbordou no município foi na noite de 12 de janeiro, após 57 mm de chuvas. Na ocasião, além de Nova Odessa, foram registradas precipitações de até 140 mm em Campinas Hortolândia, municípios por onde o rio passa antes de chegar à cidade. O temporal deixou ruas alagadas nos bairros Flórida, Fadel e São Jorge, mas nenhum imóvel chegou a ser atingido pela água.

Se fevereiro já bateu o recorde de chuvas, o município fechou janeiro abaixo do volume registrado no ano passado. Foram 167,2 mm ante 197,1 acumulados em 2019.