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Nova Odessa é oitava cidade mais segura do Estado, aponta Instituto Sou da Paz

O “Paraíso do Verde” é ainda a 2ª cidade menos violenta da Região Metropolitana de Campinas

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Nova Odessa aparece como a 8ª cidade mais segura, dentre os 141 municípios do Estado de São Paulo com 50 mil habitantes ou mais, na mais recente edição do IECV (Índice de Exposição aos Crimes Violentos), que mede a exposição à violência nas grandes cidades paulistas ano a ano, feito pelo Instituto Sou da Paz. Os dados são referentes a 2020, primeiro ano impactado pela pandemia de Covid-19, que aumentou o isolamento social. O “Paraíso do Verde” é ainda a segunda cidade menos violenta da RMC (Região Metropolitana de Campinas) no ranking, atrás da “campeã” Santa Bárbara d’Oeste. Nova Odessa obteve um IECV de 3,45, e Santa Bárbara, de 2,67. Em 99º lugar, Campinas obteve 8,33. O último lugar do ranking é Peruíbe, com IECV de 16,70.

Lançado pela primeira vez em 2018, o IECV foi criado para facilitar uma avaliação que agregue várias dimensões da violência e da segurança pública no Estado, analisando diferentes tendências criminais e permitindo uma comparação das estatísticas entre cidades e distritos policiais ao longo do tempo, permitindo a comparação do nível de exposição da população a esses crimes.

O IECV é calculado a partir da média ponderada de três subíndices: crimes letais (homicídio e latrocínio), crimes contra a dignidade sexual (estupro) e crimes contra o patrimônio (roubo – outros, roubo de veículo e roubo de carga). São analisados, segundo esses critérios, os 141 municípios do estado com ao menos 50 mil habitantes.

Os números oficiais são da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado). A exposição à violência nos municípios paulistas em 2020 teve a maior redução desde o início da série histórica, em 2014. O IECV geral do estado de São Paulo caiu de 26,7 para 23,5 redução de 12% em relação a 2019. No entanto, esta edição mostra que a redução à exposição à violência em 2020 não se deu de maneira homogênea nos três subíndices que compõem o Índice de Exposição aos Crimes Violentos: enquanto o IECV Dignidade Sexual e o IECV Patrimônio do estado tiveram reduções substantivas em 2020 em comparação com o ano anterior, o IECV Vida, que reflete os homicídios dolosos e latrocínios, registrou seu primeiro aumento desde o início do cálculo do índice.

“Ano de pandemia, 2020 foi um ano muito peculiar e é compreensível a redução da violência contra o patrimônio, por conta da redução da circulação de pessoas, e também os crimes sexuais, já que a maioria desses crimes acontecem em casa e o isolamento social dificulta a denúncia pelas vítimas”, comenta Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz. “Já os crimes contra a vida cresceram e as cidades e o estado de São Paulo têm na mão a oportunidade de entender o que está por trás desse aumento para atacarem o problema da criminalidade violenta”, comenta. Além disso, municípios que estiveram entre os piores IECV em anos anteriores, como Itanhaém e Mongaguá, permaneceram nas piores posições em 2020, a despeito das medidas de isolamento social e restrições de circulação devido ao combate à pandemia de Covid-19.