Nova Odessa apresenta política de saneamento básico para os próximos 20 anos

O evento vai começar às 9h, no auditório do Paço Municipal, e contará com a presença do prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza e do diretor-presidente da companhia, Ricardo Ongaro

A Prefeitura de Nova Odessa, por meio da Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa), apresenta nesta sexta-feira (29), em audiência pública, a proposta de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico, que visa estabelecer a política de saneamento básico do município para os próximos 20 anos. O estudo é resultado de 12 meses de trabalho e prevê obras e ações para aprimoramento dos sistemas de água, esgoto e dos serviços de coleta e destinação de resíduos. O evento vai começar às 9h, no auditório do Paço Municipal, e contará com a presença do prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza e do diretor-presidente da companhia, Ricardo Ongaro.

De acordo com o diretor técnico da Coden, Eric Padela, o estudo foi elaborado pela empresa NS Engenharia Sanitária e Ambiental, especializada na elaboração de planos municipais de saneamento e gestão integrada de resíduos, e contou com suporte de engenheiros da companhia e da Prefeitura, além da cooperação técnica do Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos).

“A proposta é abrangente e prevê um conjunto de medidas visando a universalização do saneamento no município, com obras e ajustes nos sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto e limpeza urbana, além de diversas ações e intervenções para melhoria no sistema de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, saúde ambiental e controle de vetores transmissores de doenças”, explicou Padela, citando a importância de obras como ETA 2, segunda estação de tratamento de água do município, em construção na região do Pós-Anhanguera. Com a primeira etapa quase concluída, a unidade vai elevar a capacidade de tratamento de 70 mil para mais de 100 mil habitantes.

A nova Política Pública Municipal de Saneamento Básico (PPMSB) vai substituir a lei municipal número 2.730/2013 e será implementada com base na Lei Orgânica do Município e nas diretrizes definidas na lei federal 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e a política federal de saneamento básico.

Com 100% do esgoto coletado tratado e distribuição plena de água de qualidade, conforme pesquisas divulgadas pelo Instituto Indsat (Índice de Satisfação de Serviços Públicos) e análises laboratoriais realizadas periodicamente pela Ares-PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), Nova Odessa ocupa a 55ª posição – entre as 5.570 brasileiras – no Ranking da Universalização do Saneamento 2019, divulgado em junho pela Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental). O município foi classificado na categoria “rumo à universalização” e ficou entre as 85 cidades que oferecem saneamento básico adequado à população.

Nos últimos seis anos, foram investidos mais de R$ 53,7 milhões na modernização dos sistemas de água e esgoto. Foram trocados mais de 63,8 quilômetros de tubulação, milhares de hidrômetros, além da aquisição de softwares e equipamentos para otimização da gestão. Com isso, o município reduziu o índice de perdas de água trata (perdida entre os reservatórios e as unidade de consumo) 45,1% em 2012 para 26% em 2018.

Com a modernização da rede, Nova Odessa está entre as cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) que menos retiram água de rios e represas, segundo o “Manual de Usos Consuntivos da Água no Brasil”, divulgado em abril pela ANA (Agência Nacional de Águas). Em 2013, a Coden tratava 17,5 milhões de litros de água por dia para atender 55,2 mil habitantes. Hoje, com o sistema otimizado, a companhia consegue atender 60,1 mil pessoas tratando três milhões de litros a menos. O desempenho elevou a cidade à categoria de “país desenvolvido” no controle de perdas de água tratada, segundo classificação feita pela IWA (Associação Internacional da Água – IWA, sigla em inglês).