Sem previsão de recebimento da vacina, que é enviada pelo Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde de Nova Odessa suspendeu por tempo indeterminado o início da campanha de vacinação contra a raiva em cães e gatos deste ano, no município.
Para começar a imunização no próximo dia 3 de agosto, de acordo com a programação da secretaria, o município esperava receber de 8 a 10 mil doses da VARC (Vacina Antirrábica Canina). No entanto, a secretaria recebeu ofício do Governo do Estado, comunicando que foi informado pelo ministério de que doses para campanha só serão distribuídas a estados das regiões Norte e Nordeste, além de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Em nota encaminhada aos estados, o órgão federal informou que o laboratório que produz o imunobiológico atrasou a entrega, mas não disse quando a situação será normalizada. “A quantidade de vacina existente no Centro de Distribuição e Logística do Estado de São Paulo é insuficiente para atender às demandas dos municípios”, diz o documento assinado por Luciana Hardt, diretora técnica do Comitê Estadual de Vigilância e Controle da Raiva. No texto, o comitê informa que manterá estoque estratégico da vacina para eventuais bloqueios de foco em municípios que notificarem casos de raiva em animais e gatos.
Por fim, o comitê recomenda aos municípios o fortalecimento de demais ações de vigilância, como envio de amostra de sistema nervoso de cães, gatos, morcegos e outros mamíferos em mortes com suspeita de raiva, trabalho preventivo em torno a animais de grande porte como cavalos, bois e vacas, além da atenção a possíveis casos de raiva em humanos.
Como o Ministério da Saúde não deu prazo para retomada da distribuição, a Secretaria de Saúde novaodessense suspendeu a campanha e recomenda a quem puder que recorra a uma clínica particular para imunizar seu animal. “A raiva é uma doença fatal, mais comum em cães, gatos e morcegos, mas que também pode atingir humanos. A vacina ainda é a melhor prevenção para garantirmos o controle”, explica a veterinária Paula Faciulli, coordenadora do Setor de Zoonoses do município.
O secretário de Saúde, Vanderlei Cocato, lembra que não é a primeira vez que o município deixa de receber a vacina. “Em 2015, ocorreu problema parecido e o município teve de cancelar a campanha em cima da hora. As doses são muito caras e não temos como custear a imunização sem planejamento e reserva orçamentária”, afirma Cocato. A campanha de vacinação no município estava prevista para ocorrer nos dias 3, 10 e 17 de agosto, em postos fixos na área urbana; e a partir do dia 24 nos bairros de chácaras.