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Execução de secretário do prefeito Leitinho chega ao 8º mês sem solução

Marco Antonio Barion, o Russo, homem forte da atual administração, foi morto com 13 tiros após emboscada; polícia concluiu inquérito e encaminhou à Justiça, mas MP alega segredo no processo para não se manifestar

jno

Um dos crimes mais violentos e chocantes da história de Nova Odessa segue sem solução. A execução do secretário de Governo, Marco Antonio Barion, conhecido como Russo, completa neste sábado outo meses ainda envolvido em total mistério. “Homem forte” do prefeito Claúdio José Schooder, o Leitinho, Russo foi assassinado com 13 tiros na manhã do dia 6 de dezembro, em uma emboscada ocorrida nas imediações do condomínio onde residia, no Jardim Marajoara. Questionada pela reportagem do JNO, a Secretaria Estadual da Segurança Pública informou apenas que a Polícia Civil concluiu o inquérito e o remeteu à Justiça. Já o Ministério Público disse que, como o caso está sob sigilo, não se manifestaria.

Nesta semana, o JNO questionou a Polícia Civil sobre o andamento das investigações e se a autoria do crime havia sido desvendada. “O caso citado pela reportagem foi investigado pela Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Piracicaba, concluído e relatado ao Poder Judiciário em abril. Demais questionamentos devem ser encaminhado à Justiça”, informou a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança Pública. Ao Ministério Público, o JNO perguntou se foi oferecida denúncia contra algum suspeito pelo crime. Contudo, a instituição, também em nota, disse que não se manifestaria em relação ao caso, uma vez que o processo está sob sigilo.

EMPRESÁRIO PRESO E SOLTO. Em junho, a Justiça determinou a soltura de um empresário de 52 anos, única pessoa presa pela polícia como suspeita de participação no crime, depois de mais de 100 dias encarcerado.

Quando da prisão do empresário, a Polícia Civil disse que ele teria sido a pessoa que alertou os executores que Russo estava deixando o prédio onde ambos residiam. No apartamento de Santana, os policiais também apreenderam cerca de R$ 40 mil em espécie. Quando aceitou transformar a prisão do empresário, de temporária para preventiva, a Justiça apontou que o suspeito tinha escrito em um caderno os dizeres “serviço do Uno” previsto para 7 de janeiro, 30 dias depois do assassinato. Russo foi executado com 13 tiros em 6 de dezembro do ano passado por uma dupla que fugiu em um Uno branco. Documentos foram localizados no imóvel do suspeito apontando que ele tinha participação em licitações. Em troca de mensagens com terceiros, o empresário preso se referia a Russo como o “cara que ia dar a obra para nós”.