Em aula sobre origem da água, estudantes conhecem ‘nascente modelo’ em Nova Odessa

A mina é afluente do Sistema Lopes, um dos dois utilizados no abastecimento do município, e se tornou um símbolo da recuperação hídrica novaodessense após a grave crise de 2015

Os alunos do 5º ano A da Emefei (Escola Municipal de Ensino Fundamental e Educação Infantil) ‘Vereador Osvaldo Luiz da Silva’, no Jardim Marajoara, passaram a enxergar a água que sai das torneiras de suas casas de forma diferente, depois da aula prática da última quarta-feira (13). Em mais uma atividade do Programa Municipal de Educação Ambiental de Nova Odessa, desenvolvido pelas secretarias de Educação e Meio Ambiente, eles conheceram a ‘nascente modelo’ da cidade, localizada no sítio Piraju. A mina é afluente do Sistema Lopes, um dos dois utilizados no abastecimento do município, e se tornou um símbolo da recuperação hídrica novaodessense após a grave crise de 2015.

A visita serviu para complementar o que os estudantes haviam aprendido na teoria, durante as aulas da professora Maria de Lourdes Ribeiro da Silva. No sítio, eles viram a água “brotando” da terra, caminharam pela área preservada pelo sitiante Sílvio Campos, de 84 anos, e sua família e entenderam como são formadas as cinco represas que garantem o funcionamento do melhor sistema de abastecimento de água da RMC (Região Metropolitana de Campinas), segundo pesquisa divulgada no mês passado pelo Instituto Indsat (Indicadores de Satisfação dos Serviços Públicos).

Para a professora Meria Brito de Jesus, interlocutora do Programa Município VerdeAzul, iniciativa do Governo do Estado criada com objetivo de estimular e auxiliar as prefeituras na elaboração e execução de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável, trabalhar essa questão com os alunos tem como objetivo despertar a atenção em relação à necessidade de criar atitudes que garantam a qualidade e a sustentabilidade da água que brota do subsolo, tanto no município como no planeta, uma vez que o meio ambiente é formado por elos que não podem ser quebrados ou interrompidos.

“Queremos que eles entendam que não é necessário estar perto de uma nascente para contribuir com a sua preservação. Hoje [quarta], eles vivenciaram a sensibilização ambiental, principalmente por terem a oportunidade de saber que algumas ações que realizam no cotidiano contribuem ou prejudicam o meio ambiente”, explicou Meria.

Também participaram da atividade o diretor da escola do Jardim Marajoara, Valdecir Felipe dos Santos, e três funcionários do IZ (Instituto de Zootecnia): Márcia Atauri Cardelli de Lucena, Ivana Maria Locali e Hiram Chaves. O diretor elogiou a ação e parabenizou o sitiante e a prefeitura pelo comprometimento com a preservação da nascente e de todo o entorno e a classificou como patrimônio da população.