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Chuva desse ano não chega a metade do ano passado em Nova Odessa

Nível dos reservatórios está em 54,89%; dois longos períodos de estiagem causaram diferença

O volume de chuvas registrado este ano em Nova Odessa ficou muito abaixo do ano passado. De acordo com relatório pluviométrico da ETA (Estação de Tratamento de Água), em Nova Odessa choveu 1.646,8 milímetros em 2016. Este ano, até esta segunda-feira (27), somente 812 mm. Ou seja, até agora foi registrado apenas 49,3% da precipitação total do ano anterior.
Os sistemas Lopes e Recanto, que abastecem a cidade, estão operando com 54,89% da capacidade total. Uma das causas para a baixa nos reservatórios – que no ano passado, neste período, estavam com 82% da capacidade, é a escassez de chuvas em dois períodos: entre 15 de junho e 16 de agosto (61 dias) e de 22 de agosto a 29 de setembro (37 dias).
A Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa) tem monitorado os níveis e tranquiliza a comunidade diante da situação.Nos últimos dias têm chovido seguidamente, acumulando mais de 120 milímetros. “Traz um alívio aos reservatórios. Mas só com chuvas fracas, porque os temporais acabam levando quase toda a água direto pro (Ribeirão) Quilombo, devido à impermeabilização do solo no território urbano”, detalha o diretor-presidente da Coden, Ricardo Ongaro.
O dirigente da Coden frisa que, independente do nível atual dos reservatórios, não há motivos para preocupação maior das pessoas. “É apenas para dar uma satisfação à população, que passa próximo da beirada de alguns de nossos mananciais e acredita que os níveis estão mais baixos do que se encontram na verdade. É uma situação sob controle”, pondera Ongaro.

ABASTECIMENTO
Apesar de o sistema estar com 54,89% do total, ou seja, menor do que no mesmo período do ano passado, se encontra bem acima do registrado nessa época no ano de 2014 (12%), durante a histórica escassez hídrica que a região passou. “O pessoal pode ficar tranquilo com relação ao abastecimento, mas deve consumir água racionalmente, sem desperdícios”, reforça Ongaro.
Com o desassoreamento realizado em três das represas na época da escassez, a capacidade total de armazenamento de água bruta do município foi aumentada em aproximadamente 10%, passando de 2,2 milhões de m³ (2,2 bilhões de litros) para 2,417 milhões de m³ (2,4 bilhões de litros). Apenas a Represa Recanto 2, um dos mais importantes mananciais, teve aumentada a capacidade em 20%.