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Capitão Jackson: “desafio do Gestor é proporcionar equilíbrio e um crescimento ordenado e sustentável para a cidade”

Candidato pelo partido Avante, Jackson é o entrevistado deste sábado pelo JNO

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O Jornal de Nova Odessa prossegue hoje com a série de entrevistas com os candidatos a prefeito da nossa cidade. Já foram entrevistados os candidatos Dr. Lourenço, do PSDB e Thiago Beroco (PT). Na edição de hoje o entrevistado é Jackson Candian (Avante). Nas próximas edições teremos a entrevista dos candidatos Leitinho (PSD), Professor Bi (MDB), Tiago Lobo (PV), e Dr. Nivaldo (Republicanos).

As perguntas são as mesmas para os sete candidatos.

Segue a entrevista com o candidato Jackson Candian (Avante).

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JNO: GOSTARÍAMOS DE INICIAR ESSA ENTREVISTA COM UMA BREVE APRESENTAÇÃO DO SENHOR…

JACKSON. Agradeço ao Jornal de Nova Odessa, que há quase três décadas nos traz informações de nossa cidade e dizer também que é uma honra contar aos leitores um pouco dos passos que me trouxeram até aqui. Sou casado com a Sônia e do nosso amor recebemos três princesas, a Ana Gabriella, a Giovanna e a Giulia, respectivamente com 26, 22 e 18 anos. Como quem casa quer casa, construímos a nossa no Jardim Alvorada, onde moramos desde 1996. Eu tenho 48 anos e nasci em Americana aos 07 de março de 1972, meu pai foi comerciante e minha mãe merendeira. Com a separação entre eles, eu e minha mãe viemos morar em Nova Odessa, cidade dos meus avós maternos, no final dos anos 70. Morei no Jardim Santa Rosa, no Bela Vista e no Jardim São Jorge. Na década de 80, minha mãe foi contemplada com uma casa popular no Conjunto Habitacional do Parque Triunfo e passei a morar na Rua 16, atual Rua Basílio Germano nº 11 até o meu casamento em 1994. Estudei no Dante Gazzetta, na Alvina Maria Adanson e tenho o orgulho de ser da primeira turma de 5ª Série da Escola do Triunfo, atual Prof.ª Silvania Aparecida Santos, escola esta que conheci Sônia. Como em casa era somente minha mãe e eu comecei trabalhar em 1985, aos 13 anos como Guardinha Mirim na Portaria da Empresa Nova Plast com o saudoso Sr. Nino. Em 01 de julho de 1986 obtive meu 1º registro com carteira assinada, na mesma empresa e lá trabalhei até 30 de setembro de 1991. Fui servir ao Exército Brasileiro em Campinas/SP e foi lá que descobri minha vocação. Ingressei na Polícia Militar do Estado de São Paulo em 21 de março de 1994, como Soldado foi a realização de um sonho. Ao longo dos quase 30 anos que permaneci na Ativa trabalhei em Nova Odessa (1994 a 1997 e 2001 a 2011), em Sumaré (2012 a 2015) e na cidade de São Paulo (1998 a 2001 e 2016 a 2019). Durante toda minha carreira Servi, Protegi Pessoas e Combati o Crime. Além das formações militares em Gestão Pública, sou graduado em Administração e em Estudos Políticos e Estratégia. Com a minha passagem para a Reserva no final de 2019, não tinha outra escolha a não ser cumprir mais este chamado, esta Nova Missão, com os mesmos Valores e pautado no Bem Comum, só que agora por meio da Política.

JNO: QUAL É O CENÁRIO QUE O SENHOR ENXERGA NOVA ODESSA ATUALMENTE?

JACKSON. Nova Odessa cresceu muito nesta última década com uma projeção de um crescimento ainda maior nos próximos anos, em virtude da expansão imobiliária, com o surgimento de dezenas de empreendimentos na cidade. A cidade que queremos é um modelo de gestão na Região Metropolitana de Campinas. O desafio do Gestor é proporcionar equilíbrio e um crescimento ordenado e sustentável para a cidade, com um combate efetivo à corrupção, por meio de uma gestão colaborativa, participativa e integrada pela sociedade civil organizada e pelo Ministério Público. Quem mora ou vier morar em Nova Odessa deseja e buscará um Sistema de Saúde eficiente, que atenda às necessidades do cidadão, uma Educação Municipal interativa, inclusiva, atual e que prepare as futuras gerações, que tenha um plano de revitalização, conservação e de utilização dos recursos naturais que são escassos, que se preocupe com a manutenção e ampliação do saneamento básico, com a captação, tratamento e armazenamento de água potável, que incentive o esporte, que proporcione lazer, que resgate e preserve a nossa cultura e nossas tradições, que acolha às crianças e proteja os idosos, que avance nas questões tecnológicas nas áreas administrativas e da segurança, que possua um planejamento efetivo para o pós Pandemia, em especial, para fomentar o comércio local, para manter empregos, atrair novas empresas, que incentive o empreendedorismo a fim de gerar emprego e renda, além de criar uma vocação e uma identidade própria para a nossa cidade. Diante de todos estes desafios, será fundamental a formação de uma equipe técnica, capacitada, engajada e motivada, do Prefeito ao Servidor. Não há outra solução senão fazer uma administração enxuta pautada pela transparência das ações e pelo respeito à coisa pública.

JNO: NA SAÚDE, QUAIS SÃO OS SEUS PROJETOS? JACKSON.

Gosto da palavra projeto, pois em gestão significa dizer que é um esforço com início, meio e fim programados, que tem por objetivo fornecer um produto ou serviço inovador e dentro das restrições orçamentárias para o público de interesse, neste caso, para a população, portanto, nós vamos criar leitos de UTI na nossa cidade, implantar o Núcleo Hospitalar para tratamento de Hemodiálise e readequar as UBS (Unidades Básicas de Saúde) do Jardim Alvorada e do Jardim Santa Luiza para funcionarem 24 horas e desafogar os atendimentos no Hospital Municipal e priorizar urgências e emergências, dentre outros que estão no nosso Plano de Governo, disponível para consulta em nossas redes sociais. Este ano escancarou os problemas da falta de planejamento em muitas áreas, dentre elas, a Saúde. É evidente que a pandemia tem reflexo sobre este assunto, entretanto a demanda por serviços públicos humanizados e de qualidade já eram reclamados antes do Covid-19 pelos novaodessenses. Algumas coisas, são simplesmente inadmissíveis em pleno século 21. Sempre ficaram apenas nas promessas. De acordo com a LOA (Lei Orçamentária Anual) elaborada de acordo com o PPA (Plano Plurianual) e a LDO (Lei das Diretrizes Orçamentárias serão destinados R$ 63.654.781,10 só para a Saúde, ou seja 28,20% dos impostos municipais e transferências governamentais, A LOA foi encaminhada à Câmara de Vereadores para análise, discussão e aprovação. Em relação à UTI o Custo de investimento para implantação deste serviço, de acordo com estudos da UNICAMP, para 06 (seis) leitos giram em torno de 6 milhões ao ano, ou seja, aproximadamente 10% do orçamento total previsto. Cabe também ressalvar que o Médico, o Enfermeiro e demais membros do Corpo Clinico de uma UTI são diferenciados e que, dependendo do modo de implantação, PPP – Parceria Público Privada, recursos federais e estaduais ou próprios, também necessitará, dependendo da opção, da realização de concurso público para selecionar estes profissionais. Tudo é Gestão, Planejamento e interesse político, toda escolha é uma renúncia. Também há o tempo de adequação, remodelação ou construção de Centro que demanda um tempo, em média, da licitação até o final da obra de cerca de 15 meses. Diante a toda esta análise, posso garantir que, se a oportunidade nos for dada, nosso Projeto tem plena viabilidade de execução, tanto orçamentária, quanto técnica.

JNO: E NA EDUCAÇÃO? O QUE O SENHOR PRETENDE FAZER?

JACKSON. São os Educadores que formam todos os demais profissionais e, portanto, a melhoria da Educação passa necessariamente pela valorização dos Servidores e pela revisão do Plano de Carreira, cuja base será a meritocracia. São os educadores que, muitas vezes são os primeiros a identificar alterações comportamentais e de saúde. Para atender esta necessidade nós vamos implantar o CEMPRE – Centro Multiprofissional de Programas Educacionais composto por Psicopedagogos, Psicólogos, Fonoaudiólogos e Terapeutas que atenderão às crianças da rede municipal. Vamos também ampliar o Programa Escola de Tempo Integral e incluir, além de atividades no ambiente virtual de ensino, reincluir o ensino musical, a educação financeira, ambiental, noções de empreendedorismo, e temas contra às drogas e noções de cidadania.

JNO: GOSTARIA QUE O SENHOR FALASSE DA QUESTÃO HÍDRICA…

JACKSON. Não há como falar da questão hídrica sem falar do crescimento desenfreado de nossa cidade nos últimos anos. Nós vamos frear e equalizar este crescimento de forma ordenada e sustentável. Nova Odessa cresceu muito nos últimos 8 anos em virtude da expansão imobiliária. Nossa população chegará à marca histórica dos 100 mil habitantes na próxima década. Hoje a cidade possui dois pontos de captação de água, que foram construídos no século passado nas represas do Conjunto Recanto e no Córrego do Lopes. e ambos recebem o tratamento na Coden. Hoje a cidade conta com aproximadamente 63 mil habitantes e, para se ter uma ideia, a o consumo já supera a capacidade de tratamento. Ainda não falta água em virtude dos reservatórios que armazenam aproximadamente 10 milhões de metros cúbicos. Durante o dia se utiliza destas reservas e na madrugada, quando diminui o consumo os reservatórios são reabastecidos. Portanto será fundamental concluir a Estação de Tratamento de Água na do Pós Anhanguera, construir uma nova represa, revitalizar as já existentes e aumentar a capacidade de tratamento e de armazenamento com novos reservatórios de água tratada para que na cidade conhecida como Paraíso do Verde não falte água tratada e de qualidade nas nossas torneiras.

JNO: DADOS DO CAGED DE AGOSTO MOSTRAM QUE NOVA ODESSA VEM CONSEGUINDO SE RECUPERAR DA CRISE PROVOCADA PELA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS, JÁ QUE FOI A CIDADE DA REGIÃO QUE MAIS CRIOU POSTOS DE TRABALHO NAQUELE MÊS. NESTE CONTEXTO, QUAIS SÃO AS SUAS PROPOSTAS PARA A GERAÇÃO DE EMPREGOS EM NOVA ODESSA?

JACKSON. Todas as cinco regiões do país tiveram resultados positivos em agosto. Em números absolutos, o melhor saldo é do Sudeste, e Nova Odessa é geograficamente privilegiada na Região Metropolitana de Campinas, pois estamos a 120 quilômetros de São Paulo, a 40 minutos do Aeroporto de Viracopos e no centro das Rodovias Anhanguera e dos Bandeirantes. Em razão da pandemia muitos comércios ficaram fechados mais de 6 meses e sequer conseguiram reabrir novamente, pois perderam receitas e o capital de giro foi consumido pelas despesas mensais. O município não concedeu nenhum tipo de isenção de impostos e tributos para minimizar os efeitos desta crise. Andamos pelas ruas e ouvimos que muitos estão com dificuldades de se manter abertos. Vamos propor ações municipais para manter, atrair e gerar de novos negócios na cidade e para isso vamos implantar núcleos (incubadoras) voltados à instalação de pequenas e microempresas com o fortalecimento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico cuja missão promover vantagens competitivas da cidade ao mundo atrair investimentos. Também vamos retomar com o programa de capacitação dos empreendedores, além de fomentar incentivos fiscais para a categoria e ampliar parcerias com SEBRAE, FIESP/CIESP/SENAI, ONGs, Sindicatos, Associações, Faculdades e Universidades. Para isso precisaremos de crédito e iremos potencializar o Programa Paulista de Apoio aos Microempreendedores Individuais (MEI) para auxiliar na retomada e recuperação econômica.

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